Jurídico

Justiça autoriza médica que atropelou verdureiro a estudar

Acusada de atropelar, matar e negar socorro ao verdureiro Francisco Lúcio Maia, a médica Letícia Bortolini, 35 anos, poderá viajar a São Paulo uma vez por mês. A determinação foi dada pela Primeira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso na tarde desta terça-feira (05) e revoga duas medidas impostas à ré. Ela está em prisão domiciliar desde 23 de abril.

O desembargador Orlando Perri foi o relator destes processos. Ele permitiu que Letícia viajasse à capital paulista para cumprir um curso de especialização médica. Os desembargadores Paulo da Cunha e Marcos Machado seguiram de forma unânime o entendimento do colega para conceder a medida à Letícia.

O acidente aconteceu no dia 14 de abril. O verdureiro Francisco Lúcio Maia atravessava com um carro de verduras a Avenida Miguel Sutil quando foi atropelado. Na ocasião, seu esposo e também médico estava no veículo.

Os médicos fugiram do acidente e não prestaram socorro à vítima. Como Letícia era quem dirigia o veículo, ela é quem foi denunciada por homicídio culposo — quando não há a intenção de matar. A médica chegou a ser presa preventivamente no dia seguinte. Mas conseguiu um habeas corpus para cumprir prisão domiciliar por causa de seus dois filhos (a defesa alegou que, por serem pequenos, dependiam integralmente dela).

Desde então, Leticia Bortolini cumpre uma série de medidas cautelares. Entre algumas das restrições, ela não pode frequentar bares ou boates, não portar, não ingerir bebidas alcoólicas e se recolher à residência na parte da noite, finais de semana e dias de folga.

Redação

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