Nacional

Juros do cartão de crédito ao ano se aproximam de 400%

As taxas de juros subiram em todas as linhas de crédito pesquisadas em dezembro pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças Administração e Contabilidade (Anefac). O cartão de crédito continua sendo o "vilão" dos juros. De acordo com o levantamento, a taxa foi de 399,84% ao ano em 2015 – a maior desde outubro de 1995. Em novembro, a taxa anual estava em 378,76%.

Já a taxa do cheque especial ficou em 240,88% ao ano, a maior desde setembro de 1999, quando chegou a 241,98%.

Em dezembro, as taxas subiram pelo 15º mês seguido.

Para as pessoas físicas, a taxa média geral alcançou 139,78% ao ano – a maior desde janeiro de 2009. Em novembro, estava em 136,32%.
No comércio, os juros passaram de 89,04% para 90,12% ao ano. No financiamento de automóveis, a taxa subiu de 30,76% em novembro para 31,07% em dezembro.

Já o empréstimo pessoal ficou mais caro tanto em bancos (de 66,5% para 67,65%) quanto em financeiras (de 151,82% para 152,94%).

A Anefac também apontou alta nas taxas de juros cobradas das pessoas jurídicas. Em dezembro, a taxa média ficou em 65,16% ao ano, ante 64,2% em novembro.

Para o diretor executivo de estudos e pesquisas econômicas da Anefac, Miguel José Ribeiro de Oliveira, contribuíram para a alta o cenário econômico que aumenta o risco do crescimento nos índices de inadimplência, aumento das taxas de juros futuros por conta da turbulência política e econômica e expectativa de novas elevações da taxa básica de juros (Selic) frente a um cenário de elevação nos índices de inflação.

"Este cenário se baseia no fato dos índices de inflação mais elevados, aumento de impostos e juros maiores reduzirem a renda das famílias. Agregado a isso, o baixo crescimento econômico, o que deve promover o aumento dos índices de desemprego. Tudo isso somado e o fato de que as expectativas para 2016 serem igualmente negativas quanto a esses fatores, leva as instituições financeiras a aumentarem suas taxas de juros para compensar prováveis perdas com a elevação da inadimplência", disse.

Para o diretor da Anefac, “tendo em vista o cenário econômico atual, que aumenta o risco de elevação dos índices de inadimplência, a tendência é de que as taxas de juros das operações de crédito voltem a ser elevadas nos próximos meses”, disse o executivo.

Fonte: G1

Redação

About Author

Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

Você também pode se interessar

Nacional

Comissão indeniza sete mulheres perseguidas pela ditadura

“As mulheres tiveram papel relevante na conquista democrática do país. Foram elas que constituíram os comitês femininos pela anistia, que
Nacional

Jovem do Distrito Federal representa o Brasil em reunião da ONU

Durante o encontro, os embaixadores vão trocar informações, experiências e visões sobre a situação do uso de drogas em seus