O motivo, segundo o diretor do local, o juiz Wagner de Oliveira Cavalieri, seria o possível aumento de curiosos por conta da repercussão do julgamento do goleiro. A falta de estrutura do local também seria um dos pontos, segundo apuração da reportagem.
O próprio plenário que abrigará o júri funciona numa espécie de porão do prédio, sem ventilação nem iluminação adequadas.
Profissionais e partes de processos que lá tramitam só terão acesso ao interior do fórum pela entrada principal e após apresentar a documentação para identificação.
O júri popular de Bruno, por sua vez, será ainda mais restrito, sem a presença do público em geral. O plenário tem capacidade para 120 pessoas e já está inteiramente reservado para setores cadastrados. A galeria do fórum, onde ficam os espectadores, tem capacidade para 120 pessoas e já está inteiramente reservada para setores cadastrados.
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Dos assentos reservados, apenas oito são destinados para a família dos réus e de Eliza. Até o fechamento dessa reportagem o TJ-MG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais) informou não ter a lista dos familiares que confirmaram a presença no júri.
Veja a distribuição dos lugares na galeria do plenário:
– 43 vagas para a imprensa;
– 20 vagas para estudantes de direito;
– 5 vagas para juízes;
– 5 vagas para integrantes de Ministério Público;
– 5 vagas para representantes da Defensoria Pública;
– 2 vagas para servidores do Tribunal de Justiça de Minas;
– 8 vagas para familiares dos réus e da vítima;
– 14 vagas para advogados em geral;
– 6 vagas para os advogados dos réus que não são julgados nessa fase;
– 12 vagas para autoridades.
A previsão é que o julgamento dure três dias, mas o TJ-MG não descarta a possibilidade de se estender para cinco.
A formação do conselho de sentença é a primeira etapa do júri. Foram sorteadas 25 pessoas de uma lista cadastrada no fórum –17 são mulheres.
Eles devem comparecer ao fórum nesta segunda, quando serão sorteadas os sete que irão integrar o corpo de jurados. Para garantir a composição do conselho, foram convocados também 50 suplentes, que podem participar do sorteio caso algum dos 25 não compareça.
No Tribunal do Júri, o juiz coordena o julgamento e estabelece as penas de acordo com a decisão do conselho de sentença. Caso os réus sejam considerados inocentes, ele os absolve e determina o alvará de soltura.
Fonte: FOLHA.COM