O empresário Júnior Mendonça depôs como testemunha na tarde desta segunda-feira (17) em audiência de instrução e julgamento da ação penal decorrente da Operação Imperador que investigou um esquema de desvio de dinheiro na Assembleia Legislativa de Mato Grosso com prejuízo apontado pelo Ministério Público Estadual (MPE) em R$ 62 milhões. Ele afirmou que emprestou R$10 milhões para o ex-deputado José Geraldo Riva.
Mendonça afirmou que teve “negócios” com Riva e que no final de 2005 emprestou dinheiro ao então deputado no valor de R$ 2 milhões. "Fui apresentado ao Riva por Eduardo Jacob. Comecei a emprestar em 2005, me o empréstimo foi quitado. Mas depois fiz outros empréstimos e geralmente eram de quinhentos mil reais”, afirmou o empresário, de acordo com depoimento lido pela juíza Selma Arruda, da 7ª Vara.
Riva teria dado sua casa como garantia do primeiro empréstimo, mas depois teria pego a casa de volta a pedido de sua esposa, Janete Riva, e posteriormente o ex-deputado teria passado a dar cheques em seu nome como garantia.
Tempos depois, afirmou Mendonça, o então secretário-geral da Assembleia Legislativa, Edemar Adans, passou a quitar os empréstimos feitos a Riva. Adans faleceu em 2010.
Réus
A ação envolve 13 réus, entre eles a ex-secretária estadual de Cultura, Janete Riva, esposa de José Riva, Edson José Menezes, Manoel Theodoro dos Santos, Djan da Luz Clivatti, Elias Abrão Nassarden Júnior, Jean Carlo Leite Nassarden, Leonardo Maia Pinheiro, Elias Abrão Nassarden, Tarcila Maria da Silva Guedes, Clarice Pereira Peite Nassarden, Celi Izabel de Jesus, Luzimar Ribeiro Borges e Jeanny Laura Leite Nassarden.
