O ex-governador Júlio Campos (DEM) vai buscar apoio do presidente da República, Jair Bolsonaro para a sua campanha ao Senado. Uma agenda com as lideranças nacionais do DEM já está em andamento para que Júlio e Bolsonaro se encontrem na próxima semana.
“Eu não sou nenhum estranho a ele. Fiz campanha para ele em 2018 e gastei algum dinheiro para promove-lo em Mato Grosso; convivi quatro anos com ele na Câmara Federal e ele sabe quem sou. Estamos conversando com as lideranças do DEM para reforçar o nosso pedido de apoio. Espere que a gente consiga o apoio”.
Um eventual respaldo do presidente a Júlio Campos poderá desequilibrar até mesmo a concorrência interna no DEM. O deputado Dilmar Dal Bosco também está em trabalho para ganhar apoio dos filiados até 14 fevereiro e ter condições de parear a Júlio na definição pelo candidato democrata.
“O apoio do presidente é muito importante, tem peso muito grande. E este é um momento oportuno para ter o apoio do Bolsonaro”, disse o ex-governador.
Há duas semanas, Jair Bolsonaro, que busca assinaturas para oficializar a Aliança Pelo Brasil, disse que caso consiga, a primeira prova do partido será eleger um “senador raiz” em Mato Grosso.
A entrada na disputa já está descartada pelo calendário estipulado pelo TRE-MT (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso) para a disputa da eleição suplementar .
Grupo suprapartidário
Júlio Campos afirmou ainda que insistirá na formação de chapa com outras siglas, tendo ele como um representante da Baixada Cuiabana. Esse acordo poderá ter o pesado do governador Mauro Mendes, com a indicação de outros nomes para as suplências.
“Já conversei com o [vice-governador Otaviano] Pivetta. Ele me disse que colocou seu nome, mas que se, até a data das convenções não estiver apto na opinião pública, não vê problema em sentar para conversar com a gente”.
“Também já marquei um encontro com o Carlos Fávaro para saber como está a posição dele”, complementa.
Otaviano Pivetta (PDT) e Carlos Fávaro (PSD) são os nomes mais fortes, fora Júlio Campos, na cotação ao cargo de senador. Muito pela relação de ambos com o governador Mauro Mendes.