A pesquisa que monitora o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) em Cuiabá, realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e analisada pelo Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio Mato Grosso (IPF-MT), apresentou avanço de 0,9% em julho ante ao mês anterior e atingiu 105,5 pontos. O índice nacional registrou queda de 1% no comparativo mensal, descontados os efeitos sazonais, contabilizando a terceira redução consecutiva.
A oscilação do indicador, observado no decorrer deste ano na capital, segue inferior ao maior nível observado nos últimos 13 meses, quando atingiu 146 pontos em novembro. Além disso, o índice atual está 23,2% menor se comparado a julho do ano passado, quando totalizou 137,4 pontos. A mesma situação pode ser observada na pesquisa nacional, que traz um recuo de 12,7% ante ao mesmo período do ano passado.
O presidente da Fecomércio-MT, José Wenceslau de Souza Júnior, explica que “o crescimento do índice no mês de julho e a pontuação geral acima de 100 indica um otimismo no empresário cuiabano e favorece as perspectivas do ano. Além disso, o percentual de empresários cuiabanos que, no geral, acreditam que a economia brasileira vai melhorar aumentou seis pontos percentuais (p.p.) somente entre junho e julho”.
Wenceslau Júnior, destaca, ainda, os reflexos que a situação macroeconômica nacional provocou para que o índice acumulasse retração anual. “A queda anual da pesquisa na capital pode ter sido ocasionada pela alta taxa básica de juros brasileira, que está em 13,75% desde agosto de 2022, o que dificulta a perspectiva de investimento das empresas, assim como o consumo da população”.
Ainda assim, o subíndice que monitora as Condições Atuais da Economia apresentou maior variação positiva de 8,3% ante ao mês anterior, contudo, sua pontuação é a menor entre outros subíndices (56,5 pontos), além de apresentar a maior variação negativa no comparativo com julho do ano passado, quando somava 110,9 pontos. O segundo maior crescimento é a Expectativa da Economia Brasileira, com avanço de 8,2% no mês de julho (124,1 pontos), que também apresenta variação negativa sobre julho de 2022, quando atingia 154,5 pontos.
Ainda sobre às Expectativas da Economia Brasileira, 40,6% dos entrevistados esperam que melhore um pouco, outros 27,8% creem que vai melhorar muito, em sequência, 16,4% disseram que vai piorar muito, e para 15,2% vai piorar um pouco.