O júri foi retomado por volta das 9h no fórum de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, com o depoimento de mais três testemunhas – duas de acusação e uma defesa de Dayanne.
Bruno e Dayanne são acusados de envolvimento no desaparecimento e morte da ex-amante de Bruno, Eliza Samudio, em 2010.
Existe a expectativa de Bruno e Dayanne serem ouvidos ainda hoje. A expectativa é de que Bruno confesse participação no crime para conseguir uma redução da pena.
Ontem, no primeiro dia de julgamento, a defesa de Bruno dispensou três testemunhas e outras duas faltaram, entre elas, o primo de Bruno, Jorge Luiz Rosa, 19, "[principal testemunha do desaparecimento]": http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1240332-testemunha-chave-primo-do-goleiro-bruno-nao-comparece-ao-juri.shtml e morte de Eliza Samudio.
As duas testemunhas de acusação ouvidas hoje são Renata Garcia da Costa e Jailson Alves de Oliveira.
Durante o julgamento de Macarrão, ocorrido no ano passado, Oliveira confirmou ter ouvido Bola confessar que matou Eliza. Ele também afirmou que foi ameaçado pelo goleiro Bruno.
A mãe de Sérgio Rosa Sales, Célia Aparecida Rosa Sales, réu do processo que foi "[assassinado]": http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1141238-primo-do-goleiro-bruno-acusado-por-sumico-de-eliza-e-morto-em-mg.shtml, também poderá prestar depoimento hoje a pedido da defesa de Dayanne.
Ontem, a defesa do jogador tentou desqualificar o depoimento da única testemunha de acusação ouvida até então, a delegada de polícia Ana Maria Santos. O júri foi interrompido por volta das 19h20 de segunda-feira.
Bruno permaneceu quase todo o tempo de cabeça baixa, com os cotovelos sobre as pernas e olhos fixados para os pés. Quando os cinegrafistas e fotógrafos tiveram acesso ao plenário, o ex-goleiro permaneceu no plenário e deixou-se fotografar. Nesse momento mostrou uma Bíblia e pareceu chorar.
Logo no início do julgamento, o advogado Lúcio Adolfo pediu o cancelamento da certidão de óbito de Eliza, emitido recentemente pela Justiça mineira, por entender que a juíza Marixa Rodrigues não tinha competência para emiti-la. Com isso, a intenção da defesa era também suspender o julgamento do goleiro, mas a juíza indeferiu os pedidos.
A delegada ouvida ontem participou das primeiras investigações sobre o desaparecimento e morte de Eliza e ouviu uma das testemunhas-chave do crime, o primo do goleiro, Jorge Luiz Costa, logo nos primeiros dias de investigação do caso.
Durante o depoimento da delegada, Lúcio Adolfo, advogado de Bruno, a questionou sobre supostas falhas na investigação e apontou conflitos em seu depoimento dados momentos antes à Promotoria.
A estratégia do promotor Henry Castro, primeiro a fazer perguntas à delegada Ana Maria, foi recuperar todo o depoimento no primo de Bruno, Jorge Luiz Rosa, que trouxe à tona toda a trama do desaparecimento e morte de Eliza. Ele cumpriu medida socioeducativa por envolvimento no crime e foi libertado no ano passado.
Durante as perguntas da promotoria, a delegada disse que o rapaz, menor de idade na época, não aparentava ter usado drogas quando prestou depoimento. A ideia era apagar eventual tentativa da defesa do jogador de descreditar o depoimento de Jorge.
Fonte: FOLHA.COM