Na tarde desta segunda-feira (07) a juíza Renata do Carmo Evaristo revogou a prisão preventiva da ex-servidora e chefe de gabinete do ex-deputado estadual José Riva, Maria Helena Caramelo. A magistrada está substituindo Selma Rosane Arruda na 7ª Vara Criminal de Cuiabá. No lugar da prisão do Carmo aplicou medidas cautelares a funcionária presa.
Caramelo é e os demais réus na ação são suspeitos de desviarem R$ 2,6 milhões dos cofres públicos por meio da verba de suprimentos, descoberto por meio da Operação Célula Mãe, deflagrada pelo Ministério Público do Estado (MPE).
A magistrada determinou que a ex-servidora compareça em juízo, a cada 30 dias – para informar e justificar atividades. Caramelo também está proibida de manter contato com co-réus da ação penal, testemunhas arroladas no processo e no feito do desmembramento e de se aproximar ou frequentar a Assembleia.
A juíza entendeu que a preventiva não era mais necessária devido ao fim das oitivas das testemunhas arroladas pelo Ministério Público Estadual (MPE).
O próprio Gaeco emitiu parecer favorável à soltura. A prisão de Maria Caramelo ocorreu, em 13 de outubro do ano passado, na deflagração da Operação Célula Mãe.
Operação Célula Mãe
O ex-deputado José Geraldo Riva foi preso no dia 13 de outubro de 2015 acusado de usar dinheiro publico para comprar uísque, pagar formaturas e até contratar massagistas. A prisão foi feita após a deflagração da segunda fase da Operação Metástase (Célula Mãe), do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), que investiga desvio de verbas na Assembleia Legislativa de Mato Grosso.
A juíza da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, Selma Rosane de Arruda decretou também a prisão preventiva de outros servidores da Assembleia Legislativa que eram ligados a presidência na gestão de Riva, são eles: Geraldo Lauro, Maria Helena Ribeiro Caramelo e o ex-auditor geral da ALMT, Manoel Marques.
De acordo com o Gaeco, esta fase é resultado de investigações complementares efetivadas acerca de crimes cometidos no gabinete do ex-presidente da Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso, José Geraldo Riva quando da gestão de recursos públicos denominados “verba de suprimentos”.
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