Jurídico

Juiza Selma comentou sobre suposta amante de Paulo Taques em seu depoimento

Na audiência de instrução realizada nesta segunda (26/2) no Fórum de Cuiabá sobre o caso da Grampolândia Pantaneira, a juíza Selma Arruda, da Sétima Vara de Combate ao Organizado, foi uma das testemunhas ouvidas na defesa do cabo Gerson Côrrea Junior. A magistrada foi questionada sobre a "Operação Forti", que foi deflagrada no início do mandato do governador Pedro Taques, em 2015, e como chegou o número de celular da suposta amante de Paulo Taques para a interceptação telefônica.

Selma explicou que a operação foi deflagrada para combater organizações criminosas, principalmente o Comando Vermelho no Estado. Ela disse que só viu o número da "Dama Loira", codinome atribuído a Tatiane Sangalli, depois de o caso ganhar a imprensa. A Corregedoria do Poder Judiciário do Estado de Mato Grosso pediu para averiguar a possibilidade de escutas ilegais nas ações que ela comandava e percebeu que o mesmo número estava nas operações "Forti" e "Querubim".

Ela contou também que os números de Tatiane Sangalli e uma ex-assessora da Casa Civil foram inseridos a pedido da delegada Alana Cardoso. Ao tomar conhecimento da prática de "barriga de aluguel" em uma ação que comanda, a juíza disse que ficou preocupada e comunicou ao presidente do Tribunal de Justiça, ao procurador-geral de Justiça e  ao governador do Estado. Ela explica que avisou o governador por que não sabia se o secretário de Segurança teria influenciado a Alana a inserir o número da ex-amante de Paulo Taques e da ex-assessora da Casa Civil.

Sangalli e a ex-assessora da Casa Civil foram interceptadas por cerca de 15 dias na ação penal da Operação Fortis. A juíza também identificou os números telefones das duas ex-servidores na Operação Querubim. Não houve pedidos de prorrogação de escuta para as duas investigações.

A juíza citou o delegado Flávio Stringuetta que a teria procurado para falar sobre um plano para matar o governador. "Uma prostituta que iria se casar com Arcanjo e tinha planos de matar o Taques", contou. O delegado ainda falou, diz Selma, que Caroline seria uma pessoa infiltrada na Casa Civil para passar informações privilegiadas a ex-amante de Paulo Taques.

Redação

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