A juíza Maria Aparecida Ferreira Fago, da 12ª Vara Criminal de Cuiabá negou, nesta terça-feira (14), o pedido de habeas corpos para Hellen Gonçalves de Santana que é suspeita de atirar no rosto do namorado e policial militar, Alexsandro Moreira. A magistrada é a mesma que decretou a prisão preventiva de Ellen, no dia 7 de abril. O tiro que atingiu o rosto do PM aconteceu no último dia 5 deste mês, após uma confraternização na casa de familiares da vítima.
A magistrada diz em sua decisão ter estranhado o pedido de soltura de Hellen, pois foi lavrado um Auto de Prisão em fragrante no Boletim de Ocorrência que constatou uma tentativa de homicídio e, além disso, o promotor do Ministério Público do Estado (MPE) também indeferiu o pedido.
O advogado de defesa, Wandré Pinheiro de Andrade, alegou que a prisão preventiva era desnecessária e que sua cliente estaria sendo vítima de “corporativismo e sofrendo interferência da mídia nesse caso, ainda mais quando se trata de vítima Policial Militar, ligado a segurança do Governador do Estado”.
Outro argumento que Andrade usou foi o que Hellen se apresentou de forma espontânea na delegacia, para prestar depoimento. O advogado realçou ainda o tempo de convívio com a vítima “sem qualquer desentendimento aparente, de forma grave, que pudesse levá-la a cometer um crime”.
A juíza argumenta em sua decisão que é “necessário frisar que a tentativa de homicídio, tem plausível chance de agravar-se para a modalidade consumada (vítima em coma, sedada, estado gravíssimo e com ventilação mecânica) sendo a responsabilidade penal aumentada e consequentemente evidenciada uma maior gravidade do fato”, diz trecho da decisão. “Por isso voto indeferimento no pedido de habeas Corpus oferecido pela defesa”, conclui a magistrada.