A Juíza Monica Catarina Perri Siqueira, manteve a prisão preventiva de Valmir Jesus dos Santos, vulgo “Nego Carniça”, acusado de matar Max Vandelson Topa. O mesmo está preso desde 2010, e permanecerá até a oportunamente que será submetido ao julgamento pelo Tribunal do Júri.
De acordo com a decisão, Nego Carniça, deve permanecer preso em razão da sua periculosidade. “Sem qualquer respeito ou consideração à vida alheia, o que justifica e recomenda seja ele mantido no cárcere, para acautelar o meio social e evitar a reprodução de fatos criminosos, estimulado pela aparente impunidade”.
Desponta dos autos que na região dos bairros São Gonçalo e Jardim Mossoró existiam duas gangues rivais, que disputavam, na época, o controle do território e do tráfico de drogas. Nego Carniça fazia parte de uma dessas gangues.
Consta que o relacionamento entre as gangues rivais era marcada por violências recíprocas, inclusive por homicídios consumados e tentados. Na época, Janildo Moreira dos Santos, chefe de uma gangue no bairro Pedra 90, queria dominar o tráfico na região do São Gonçalo, que era chefiado pelo traficante “Kekel”.
Valmir recebeu ordens de Janildo para matar Kekel, mas não teria conseguido. Em janeiro de 2009, na época com 20 anos, Nego Carniça, teria invadido a casa do rival Kleverson da Silva Magalhães, 20, o "Kekel", e tentado matá-lo com cinco tiros.
"Kekel" conseguiu escapar pela segunda vez de "Carniça", em um prazo de dez dias. No mesmo mês, Carniça e o irmão menor de idade, “Tegão”, tentaram matar Kekel em um bar também com arma de fogo.
O crime acabou resultando na morte de Max Vandelson Topa, na época com 23 anos. Os dois irmãos, que moram no Jardim Mossoró, teriam ido até o bar do Roni, onde estava a vítima e os amigos, para matar o "Kekel", que saiu ileso do atentado. Além de Max, outras três pessoas ficaram feridas no crime que quase se transformou em uma chacina.