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Juíza determina júri de Sandro Louco por vídeoconferência

Foto: Reprodução

A juíza Monica Catarina Perri Siqueira, da 1ª Vara Criminal da capital, determinou o julgamento de Sandro da Silva Rabelo, conhecido como ‘Sandro Louco’, por videoconferência nas duas sessões do Tribunal do Júri em Cuiabá, que ocorrerão nos dias 23 e 27 de junho.  O latrocida é apontado como um dos integrantes da organização criminosa denominada Comando Vermelho.

O motivo para não vinda do réu à Capital estaria além da alta periculosidade, seria o custo para o deslocamento do acusado, preso na Penitenciária Federal de Segurança Máxima de Catanduvas (PR).

A magistrada considerou que o recambiamento até Cuiabá para participar do julgamento exigiria inúmeras providências envolvendo um grande aparato policial e dispêndio financeiro por parte do Estado de Mato Grosso. Além disso, poderia colocar em risco a segurança nos presídios da cidade. 

Sandro Rabelo possui diversas condenações e o somatório das penas ultrapassa 200 anos de reclusão.  A defesa do acusado chegou a pleitear que ele estivesse presente no julgamento e que fosse interrogado pessoalmente “para produzir a sua autodefesa”, contudo, o pedido foi indeferido.

Dia 23, a partir das 13h30, ‘Sandro Louco’ será julgado pela morte de Raimundo de Oliveira, ocorrida em janeiro de 2005, no interior da Penitenciária Central do Estado (PCE). Conforme a denúncia, a vítima foi morta mediante golpes de chuço e afundamento no osso parietal esquerdo. 

Sandro teria agido juntamente com Maurício Domingos da Cruz, conhecido como ‘Raposão’. Eles foram pronunciados juntos pelo crime, mas o processo de Sandro foi desmembrado. Em novembro de 2016, a ação contra Maurício foi arquivada em razão da morte do acusado.

Segundo a peça inicial, o crime foi cometido por motivo torpe, uma vez que os denunciados “mataram a vítima devido a uma desavença existente entre eles relativa a disputa de comando e território no ambiente celular do sistema prisional”. Além disso, os denunciados teriam utilizado recurso que dificultou a defesa, por estarem em maior número e armados com chuços.

Já no dia 27, ‘Sandro Louco’ irá a júri pelo assassinato no policial militar Jurandir Alberto Anunciação e pelo homicídio tentado de Benedito Bispo da Rosa e Wilton Silva Delgado. O soldado morto fazia a guarda na antiga Penitenciária Regional de Pascoal Ramos – atual PCE – quando foi atingido por disparos de arma de fogo em junho de 1996, efetuados por detentos.

As armas teriam sido recebidas de terceiros e também arrebatadas de funcionários e agentes policiais. Outros presos da época foram acusados pelo crime juntamente com Sandro Rabelo, mas o julgamento dele foi desmembrado em decisão de fevereiro deste ano. (Com Assessoria)

Redação

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