Treze pessoas presas por roubos de aeronaves, receptação de máquinas agrícolas, carreta e tráfico de drogas em Mato Grosso foram condenadas pelos crimes de organização criminosa e roubo. A sentença foi proferida pela juíza Selma Arruda, da Vara Contra o Crime Organizado, nesta quarta-feira (18).
Alvos do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), o bando foi desmantelado durante a Operação Chacal, deflagrada em dezembro de 2015. Eles seriam responsáveis por um grande esquema de comércio de drogas, assassinatos, roubos e outros atos ilícitos.
Ao todo foram expedidos 19 mandados de prisão contra os integrantes do grupo criminoso. Nesta ação, porém, catorze foram denunciadas, tendo uma delas sido absolvida por falta de provas suficientes para a condenação.
Djalma de Paula da Silva apontado como o líder do grupo foi condenado por integrar a organização criminosa e pela prática de roubos a carretas, com utilização de arma de fogo.
Altoir Santini, Jhoni Carlos Muniz, Laerte Carlos Muniz, Roberto Carlos de Oliveira Dorta e Cristiano Dorta Machado também foram condenados pelos mesmos crimes.
Presos há um ano e cinco meses, Djalma deverá cumprir 13 anos e oito meses de reclusão e 162 dias-multa, Santini, Jhoni, Laerte, Roberto Carlos e Cristiano receberam a pena de 11 anos e 4 meses de prisão mais o pagamento de 113 dias-multa. A magistrada negou a todos eles o direito de apelar em liberdade.
Já Luan Felipe de Oliveira Franca, Lucinei Valentim Vieira, Rosalino Dias Mendes, Antônio Carlos de Moura, Silma Aparecida de Oliveira, Simoni Carine da Silva e Naianderson Godinho da Rocha foram condenados apenas por integrar a organização criminosa e utilizarem arma de fogo. Júlio César Coelho Filho conseguiu absolvição e a revogação das medidas cautelares que cumpria.
Segundo a determinação da magistrada, estes sete deverão cumprir a pena de 3 anos e nove meses no regime aberto, no entanto deverão prestar serviços comunitários, sendo proibido de sair aos finais de semana. Contudo a magistrada concedeu o benefício de recorrer da sentença em liberdade.
Operação Chacal
A Operação Chacal foi autorizada pela juíza da Vara Contra o Crime Organizada que determinou 19 mandados de prisão preventiva e 21 de busca e apreensão em Cuiabá-MT e em várias cidades do interior do Estado.
O grupo investigado foi apontado como responsável por inúmeras remessas de entorpecentes, roubo de veículos (principalmente caminhões e retroescavadeiras), além de falsificação de documentos, adulteração de sinais identificadores de veículos automotores e homicídios.
Ações anteriores realizadas pela Polícia Civil demonstraram a atuação da organização criminosa em várias regiões de Mato Grosso, inclusive no roubo de uma aeronave em Cotriguaçu, em março de 2015.
Interceptações telefônica autorizadas pela Justiça contribuíram nas investigações comprovando a participação dos suspeitos no roubo da aeronave que seria utilizado para fomentar o tráfico de drogas.
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