Jurídico

Juíza cobra réus da Sodoma para apresentarem defesa final em 3 dias

Na reta final para julgar a ação penal derivada segunda fase da Operação Sodoma, a juíza Selma Arruda, da 7ª Vara Contra o Crime Organizado, deu o prazo de três dias para que o ex-governador Silval Barbosa, o filho, Rodrigo Barbosa, o ex-chefe de gabinete Silvio Cézar Araújo, o ex-secretário de Administração Pedro Elias de Melo e o empresário F.D.F. apresentem a defesa final antes de serem julgados.

Segundo a magistrada, esses réus já extrapolaram o prazo das alegações finais que até o momento não havia sido apresentado ao juízo. Esta é a segunda ação penal derivada da Sodoma que já está em fase final a espera da sentença. A determinação é da última terça-feira (29).

“Impulsiono estes autos com a finalidade de INTIMAR a defesa dos acusados Silval da Cunha Barbosa, Rodrigo da Cunha Barbosa, Silvio Cezar Correa Araújo, Pedro Elias Domingos de Melo e F.D.F., para apresentarem memoriais complementares no prazo de 72 (setenta e duas) horas, CIENTIFICANDO-OS, que o prazo ora concedido é comum e corre em cartório, já que foram intimados anteriormente, tanto para apresentarem alegações finais, quanto para apresentarem memoriais complementares e não o fizeram”, intima a Selma Arruda.

Ao todo foram cinco fases. Nesta operação, 17 pessoas foram indiciadas pelo esquema de cobrança de propina e lavagem de dinheiro que resultou na compra de um imóvel, na avenida Beira Rio, em Cuiabá-MT, avaliado em R$ 13 milhões.

A investigação apura crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa por meio de fraudes e cobrança de propina na concessão de benefícios fiscais do Estado.

Entre os réus figuram também os ex-secretários Pedro Nadaf (Casa Civil), Marcel de Cursi (Sefaz), Cesar Roberto Zílio (Administração), Pedro Elias Mello (Administração), o coronel José Jesus Nunes Cordeiro, Karla Cecília Cintra, o procurador aposentado Francisco Gomes de Andrade Lima Filho, (o Chico Lima), o ex-deputado José Riva , Tiago Vieira de Souza Dorileo, Bruno Sampaio Saldanha, Antonio Roni de Liz e Evandro Gustavo Pontes Da Silva.

Operação Sodoma 2

A segunda fase da Operação Sodoma foi desencadeada no dia 11 de março de 2016 a pela Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz).

A investigação apura o grupo criminoso que teria fraudado a compra de um terreno na Avenida Beira Rio, em Cuiabá, avaliado em R$ 13 milhões. O imóvel teria sido adquirido com dinheiro de propina arrecada de empresários que tinham contrato de prestação de serviços com o Governo do Estado.

Na ação, o Ministério Público Estadual (MPE) denunciou dezessete pelos crimes de fraude em licitação, fraude processual, lavagem de dinheiro e crime contra a administração pública.

A aquisição deste terreno foi feita em junho de 2002, pagos em quatro parcelas, sendo R$ 3 milhões de entrada, R$ 1 milhão no fechamento do contrato e outras duas parcelas de R$ 4,3 milhões que totalizaram quase R$ 13 milhões.  O imóvel seria do empresário André Maggi, filho do senador Blairo Maggi.

Redação

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