Política

Juiz eleitoral nega pedido de busca e apreensão em comitê de Selma Arruda

O juiz eleitoral Jackson Coutinho negou o pedido de liminar contra a candidata Selma Arruda (PSL), denunciada neste fim de semana por suposto caixa 2 de campanha, e rejeitou que fossem feitas busca e apreensão no comitê da juíza aposentada. O juiz plantonista deste domingo (30) recebeu a denúncia protocolada pelo candidato ao Senado Sebastião Carlos (Rede), com indeferimento dos pedidos, mas com o parecer de há “fatos robustos” que apontam para o crime denunciado.

 “É medida severa e deve ser autorizada em casos excepcionais, quando a obtenção da prova não seja possível por outros meios antecedentes. No caso, o requerente sequer indicou com precisão quais outros elementos, pretendia produzir, não sendo razoável a realização da diligência requerida, ora com ares de aventureira”, pontuou.

 A denúncia aponta que suposto caixa 2 feito pela juíza aposentada em andamento desde abril deste ano, quando as eleições estavam em fase de pré-campanha. O candidato Sebastião Carlos afirma que Selma Arruda recebeu R$ 1,882 milhão antes do período permitido e movimentou R$ 700 mil do montante, com a liberação de cheques já compensados.

Nem a quantia e nem a movimentação consta da prestação de contas da candidata ao TRE-MT (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso), que divulgou arrecadação de pouco de mais R$ 413 mil, conforme informado por Selma Arruda em prazo legal.

No fim de semana o empresário Junior Brasa, dono da Genius Publicidade, entrou com ação monitória contra juíza para receber R$ 1,2 milhão referente a contrato assinado em abril. A empresa era responsável pela campanha publicitária da Selma Arruda até agosto.

Na ação, Junior Brasa afirma que 52 profissionais estariam selecionados para trabalhar exclusivamente na campanha da juíza aposentada. O contrato tem o valor global de R$ 982 mil, referentes a serviços que seriam prestados entre agosto e setembro, período oficial da campanha eleitoral.
 
O juiz plantonista Jackson Coutinho se baseou nestas informações para negar o pedido de liminar de Sebastião Carlos e afirmar que o apontamento de fatos robustos.

“[…] quanto aos fatos trazidos, diversos documentos foram carreados aos autos, mostrando-se suficientes para a instalação da presente demanda”.
Hoje, Selma Arruda divulgou a informação de abertura de uma notícia crime contra o empresário Junior Brasa, o advogado do diretório estadual do PSDB, José Rosa, o advogado Lauro José da Matta por calúnia e difamação. Ela afirma que Junior Brasa tentou negociar informações de sua campanha com representantes dos comitês de Mauro Mendes (DEM) e Wellington Fagundes (PR), e pediu a quebra dos sigilos bancário e telefônico do empresário e  da Matta.

Redação

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