A decisão é do juiz Bruno Marques, da Primeira Vara Criminal de Barra do Garças, a 516 km de Cuiabá.
O prazo da prisão temporária dos suspeitos venceria no domingo (1º). De acordo com a Delegacia Regional de Barra do Garças, três pessoas que estavam na cadeia pública do município desde quarta-feira foram libertadas na sexta-feira (29). As outras oito foram soltas na manhã deste sábado (30). Elas também estavam na cadeia do município, mas haviam sido transferidas de Goiás para o local na noite de sexta.
Durante a operação, a polícia cumpriu 19 prisões, 47 conduções coercitivas e 44 mandados de busca e apreensão. Foram decretadas 135 ordens judiciais, sendo 19 de prisão temporária, 116 de conduções e outras 48 de busca e apreensão. Foram apreendidos aparelhos, computadores, habilitações e processos para a obtenção de habilitações.
Entre os presos, estão servidores ou pessoas ligadas ao Departamento de Trânsito de Mato Grosso (Detran-MT) e Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran), e donos de autoescolas. O líder da quadrilha, conforme as investigações, seria um servidor do Ciretran do município de Uruana (GO). Ele também foi preso.
Os presos vão responder pelos crimes de corrupção passiva e ativa, formação de quadrilha, alteração indevida de sistema de dados e falsidade ideológica. O Detran-MT informou, por meio de nota, que vai analisar o inquérito para tomar as providências cabíveis.
De acordo com o delegado responsável pelo inquérito, Joaquim Leitão Júnior, o esquema era fomentado por candidatos analfabetos, semianalfabetos ou idosos, sendo que boa parte deles morava em Goiás. As carteiras de habilitação custariam entre R$ 600 e R$ 5 mil e os interessados nem precisavam se deslocar para fazer a prova.
Fonte: G1