A sentença de sete anos de reclusão que um juiz havia ordenado para Erandy Gutiérrez, a adolescente que matou sua melhor amiga, Anel Báez, com 65 facadas, foi anulada. As informações são do site mexicano "Excelsior".
O crime, que ocorreu em Guamúchil em março de 2014, chocou o México. De acordo com o pai da vítima, Hugo Baez, a sentença foi anulada porque juiz determinou que o crime ocorreu em Guamuchil, mas o caso foi apresentado em Culiacan, ao invés de ter ido aos tribunais com base na cidade de Los Mochis.
"Em várias ocasiões já haviam tentado impugnar a sentença e utilizaram todos os recursos que podiam. Estou muito indignado. Não acredito que isso esteja acontecendo", disse o pai da vítima ao jornal El Debate.
No Facebook, ele postou mensagem emocionada dizendo que "Recebi uma notícia horrível hoje. Anularam a senteça à assassina da minha amada Anel. Acaso a atrocidade cometida contra a minha filha difere de uma cidade para outra?".
A anulação da ordem não significa que Erandy será solta, mas que ela será julgada novamente e, enquanto isso, permanecerá presa.
O corpo da adolescente de 16 anos foi encontrado no dia 19 de março de 2014 em seu quarto com pelo menos 65 facadas. Nas redes sociais, Erandy havia ameaçado sua amiga com mensagens como "Posso parecer muito calma, mas na minha cabeça eu já a matei pelo menos três vezes" e "Eu vou enterrá-la antes do fim do ano".
Erandy foi capturada quando foi ao funeral do Anel. Em sua declaração no tribunal. a menor disse que o principal motivo para matar a amiga foi vingança, já que Anel havia publicado nas redes sociais fotos das duas nuas.
Na terceira semana de junho, juiz ordenou reclusão de sete anos para Erandy no centro de detenção para adolescentes de Culiacan. Sete anos é a sanção mais grave que uma jovem pode ser condenada, de acordo com as leis do estado de Sinaloa.
Fonte: iG