Com isso, os músicos da banda Gurizada Fandangueira e os donos da boate passam a ser considerados réus no processo, que poderá ser levado ao Tribunal do Júri. Segundo o juiz Ulysses Louzada, da 1º Vara Criminal de Santa Maria, o caso será julgado na própria cidade.
O magistrado disse "acolher em sua totalidade" a denúncia do MP, divulgada também em coletiva de imprensa na terça-feira (2). Os quatro músicos e donos da casa responderão por homicídio doloso (quando há intenção de matar), outros dois foram criminalmente responsabilizados por fraude processual e falso testemunho. O incêndio deixou 241 mortos em janeiro deste ano.
Louzada explicou ainda que agora será iniciada a fase de instrução do processo, que irá decidir se os réus enfrentarão ou não o júri popular. O magistrado é favorável a formação do júri e disse ainda esperar que o julgamento seja realizado até o final deste ano. "É a minha ideia. Vou fazer tudo o que for possível para ter essa resposta", disse aos jornalistas.
O caso
A tragédia ocorreu na madrugada de 27 de janeiro, às 3h17, quando uma fagulha de um sinalizador usado pela banda em show pirotécnico chegou ao teto da casa noturna e queimou a espuma de revestimento acústico. O fogo se alastrou rapidamente e gerou uma fumaça formada por monóxido de carbono com cianeto que asfixiou 241 pessoas.
Fonte: Último Segundo