Juiz da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, Wladymir Perri, recebeu denúncia contra o ex-policial militar Almir Monteiro dos Reis acusado de matar a advogada Cristiane Castrillon, 48. Na decisão, magistrado determinou que a filha da vítima seja assistente de acusação.
Decisão do magistrado foi proferida nessa quinta-feira (7). Juiz considerou o grau de parentesco da filha de Cristiane para basear sua determinação de torná-la assistente de acusação no caso.
Magistrado também recusou denúncia de ocultação de cadáver feita pelo Ministério Público de Mato Grosso. Isso porque, apesar de Almir ter deixado o corpo da vítima em um carro no Parque das Águas, a prática não configura ocultação, mas, sim, abandono.
"Além do mais, ocultação não se confunde com abandono. Por tais razões, rejeito a denúncia imputada ao indiciado Almir Monteiro dos Reis, pela prática delituosa prevista no art. 211 do cpp, qual seja, crime de ocultação", diz trecho da decisão.
Crime ocorreu no dia 13 de agosto. Cristiane e Almir se encontraram pela primeira vez em um bar e foram até a casa do ex-militar. No local, a vítima foi morta após se recusar a fazer sexo anal com o acusado. Contudo, antes do assassinato, a advogada foi estuprada.
Posteriormente, Almir abandonou o corpo da vítima dentro de um carro no Parque das Águas, em Cuiabá. Ex-policial foi preso no mesmo dia e, em coletiva de imprensa, delegados apontaram que o crime se trata de feminicídio.