O pai do jovem detido nesta quarta-feira (14) por planejar um atentado contra o Congresso dos Estados Unidos defendeu seu filho em uma entrevista à 'CNN' ao afirmar que ele não é perigoso e que nunca teria sido capaz de executar tal operação.
"Chris não é capaz de matar uma mosca. É uma pessoa adorável e amável. É impossível que ele pudesse realizar qualquer tipo de ataque terrorista. Acho que ele foi coagido", explicou John Cornell à emissora americana.
O FBI prendeu Christopher Lee Cornell, de 20 anos e natural de Cincinnati (Ohio), sob a acusação de tentativa de assassinato contra funcionários do governo dos Estados Unidos.
O suspeito planejava detonar bombas caseiras no Capitólio e abrir fogo contra funcionários e congressistas que fugissem depois das explosões, de acordo com documentos judiciais aos quais teve acesso a imprensa local.
Cornell teria se inspirado, de acordo com essas mesmas fontes, nas ações do grupo jihadista Estado Islâmico (EI).
Seu pai explicou à 'CNN' que o jovem tinha se interessado recentemente pelo Islã, mas que nunca tinha mencionado o EI ou qualquer outro grupo terrorista. "Ele me explicou, você sabe, que o Islã não é um grupo terrorista. Mas uma forma de vida", relatou o pai à emissora.
O jovem, que vive com seus pais em Green Township (Ohio), chamou a atenção do FBI há vários meses, depois que um informante relatou que ele tinha expressado apoio à jihad, de maneira violenta, em uma conta no Twitter sob o pseudônimo de 'Raheel Mahrus Ubaydah'.
Além disso, Cornell teria publicado declarações, vídeos e outros conteúdos de apoio ao EI. "Acho que deveríamos empreender a jihad sob nossas próprias ordens e planejar ataques e tudo", escreveu Cornell em mensagem eletrônica enviada ao informante em agosto, segundo o FBI.
"Acho que devemos fazer nosso próprio grupo aqui, em aliança com o Estado Islâmico, e executar operações planejadas por nós mesmos", acrescentou.
Fonte: G1