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Jovem que postou foto de agressão diz que ex a atacou por ciúmes

A jovem Camile Lopes, de 22 anos, que postou fotos de machucados na web para denunciar o ex-namorado pelas agressões, afrima que o rapaz a atacou por ciúmes após o fim do relacionamento entre os dois. De acordo com a vítima, que mora em em Valparaíso de Goiás, no Entorno do Distrito Federal, eles estão separados há cerca de cinco meses, mas o agressor não teria aceitado vê-la com outro companheiro.Ele também já estava até com outras, mas não queria que eu seguisse minha vida, relatou ao G1. Segundo ela, o crime ocorreu no último dia 15, após ela chegar em casa de uma festa.

Ele chegou por trás, me deu um chute, já me derrubou no chão e começou uma sequência de vários golpes, ‘pisões’, socos, muitos chutes na região da cabeça e do rosto. Tive que fingir que estava desmaiada para ele parar com as agressões, recorda-se. Depois de ser espancada, a vítima decidiu postar em seu perfil no Facebook uma foto que mostra as marcas da violência e a imagem repercutiu na web. O objetivo era denunciar o crime e cobrar justiça.

A jovem disse que sempre teve um relacionamento conturbado com o homem, mas ele nunca apresentou sinais de agressividade. A gente namorou ao todo uns seis anos. A gente terminava, mas sempre voltava.Chegamos a morar juntos durante dois anos e meio, temos um filho de três anos e ele nunca me ameaçou ou fez qualquer coisa comigo, disse.Camile diz que depois que se separou, o ex começou a ameaça-la, mas ela afirma que nunca acreditou que ele pudesse lhe fazer mal.Ele já tinha me visto junto com o meu atual namorado e não fez nada. Ele chegou a colocar a mão no ombro dele e dizer que estava tudo tranquilo, que ele não queria confusão, relembra.

Revolta
Após a agressão, para Camile, o sentimento que fica é de raiva.Não acredito que ele chegou a esse ponto. Nunca apanhei de ninguém, afirma. Agora, a jovem busca justiça para aliviar essa revolta. Depois que ele me agrediu, ele já se escondeu, bloqueou o número do celular, cancelou todas as redes sociais, só para não ser encontrado pela polícia, completou.De acordo com a delegada responsável pelo caso, Isis Leal, já foi expedida a intimação para que o jovem preste depoimento, mas ainda não foi possível localizá-lo.Temos que esgotar todas as tentativas de tentar localizá-lo, procurando nos endereços que ele costumava morar, frequentar, trabalhar, tentar contato por telefone, com amigos e familiares. Se depois de esgotadas essas alternativas, ainda não conseguirmos ouvi-lo, ele pode ser considerado foragido, disse.

Camile, que ainda se recupera das agressões no rosto e nos braços, afirma que está revoltada por o suspeito continuar solto.É tudo muito devagar na Justiça. A gente começou a mobilizar as pessoas para ver se alguma coisa acontecia porque é muito fácil ele vir, me agredir, fazer tudo o que ele fez e continuar por aí, postando foto, vivendo normalmente, sendo que a minha vida agora mudou completamente, não posso sair de casa, não posso ficar sozinha, lamenta.Em Goiás, somente neste ano, sete mil mulheres denunciaram ter sido agredidas, conforme dados da Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP-GO).  O número já é o dobro do registrado no mesmo período do ano passado.

G1

Redação

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