O jovem J.C.M.S., 22, que atropelou e matou o manobrista de uma boate na madrugada desta segunda-feira (07) na Avenida Isaac Póvoas em Cuiabá-MT, passou por uma audiência de custódia na data de hoje e o juiz Murilo Moura Mesquita, decidiu que o jovem deveria ser encaminhado ao Presídio do Carumbé na Capital.
Em sua decisão, o magistrado alega que pela repercussão e proporção que o caso tomou, seria uma irresponsabilidade deixar o estudante em liberdade. O autor do crime deverá aguardar o julgamento em regime fechado.
Segundo o jovem em depoimento para a delegada Juliana Chiquito Palhares da Delegacia de Homicídio e Proteção a Pessoa (DHPP), ele disse que não tinha a intenção de matar o manobrista, ele queria atropelar o policial federal Avilar, com quem ele e os amigos tiveram um desentendimento na saída da boate.
Segundo a responsável pelo inquérito, mesmo não atingindo o alvo que desejava, o jovem assumiu a culpabilidade de querer atropelar e matar outra pessoa. Além de ter causado o acidente ele colocou outras pessoas em risco, ao dirigir embriagado por mais de 10 quilômetros pelas ruas de Cuiabá até ser detido.
O jovem foi autuado autuado por homicídio qualificado, tentativa e embriaguez ao volante. Ainda nesta segunda-feira, juliana conseguiu entrar em contato com o policial federal que seria o alvo do estudante. Ele foi atropelado de raspão e teve ferimentos leves e nos próximos dias, deve depor perante a delegada, ajudando nas investigações e dizendo o real motivo da briga.
O manobrista José Antônio da Silva Alves, 23, tinha uma mulher e havia sido pai recentemente de gêmeos. A gerente da Valley, Tatiana Nantes, em entrevista informou que o fato aconteceu fora do estabelecimento e que manobrista, não pertencia ao quadro de funcionários da boate e sim era empregado do estacionamento Ômega Park que segundo a gerente, o estacionamento "está prestando todo auxílio à família".
Outro lado:
O advogado Luis Henrique, que representa o estudante, entrará com um pedido de Habeas Corpus nesta terça-feira (08), pedindo a soltura do seu cliente do presídio.
“Entendemos que é desnecessária essa prisão neste momento, ele é estudante, trabalha, tem residência fixa, réu primário e não é de sair bebendo e causando acidentes. isto foi uma fatalidade. No meu ver ele deveria aguardar o processo em liberdade e aí sim após o julgamento ele poderia responder algo em regime fechado, mas neste momento não é preciso ficar preso”, disse ele com exclusividade ao Circuito Mato Grosso.
Ele ainda entende que realmente pela comoção da população o juiz possa ter tomado essa decisão e o advogado espera que ele possa o cumprir a pena correta, mas se for considerado culpado no julgamento.
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