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Jovem mato-grossense é morta com taco de beisebol em bar de São Paulo

A mato-grossense e militante do movimento feminista Débora Soriano de Melo, de 23 anos, foi cruelmente assassinada com golpes de taco de baisebol, em um bar do bairro Mooca, na Zona Leste de São Paulo. O crime que ocorreu no dia (14) ganhou repercussão nacional nesta quarta-feira (21) ao ser publicado na revista Carta Capital.

De acordo com a reportagem, a denúncia foi feita pelo dono do bar, Delano Ruiz Liger, 34 anos, que acusa o seu primo Willy Gorayeb Liger, de 27 anos, de ter cometido o crime. A Polícia Civil investiga a suspeita de que Débora tenha sido estuprada.

Delano contou à revista que, por volta das 7h30 da manhã da quarta-feira, Débora estava com Willy, mais uma garota e dois homens no bar.  Por volta das 9h30, Delano foi até o estabelecimento retirar os engradados de cerveja da noite anterior e, encontrando o grupo no local, pediu que fosse embora.

Por volta das 12h, Willy ligou para Delano e disse que havia “perdido a cabeça” e matado Débora dentro do bar. O comerciante disse aos policiais que ficou desesperado e pediu para que Willy tentasse salvar a vida da garota, sugerindo até que ele fizesse respiração boca a boca.

Ainda segundo Delano, Willy afirmou, “com calma”, que não adiantava mais, que a garota já estava morta. Ele disse que golpeou a jovem na cabeça com um taco de beisebol e pediu para o primo não abrir o bar durante o dia, afirmando que tinha o interesse de sumir com o corpo da vítima.

Após receber a informação, Delano contou que foi para sua casa e conversou com a esposa. Enquanto estava lá, recebeu vários telefonemas de Willy, que lhe pedia para não abrir o bar e nem relatar o caso à Polícia. Por volta das 14h, o dono do bar ligou para outro primo, que é policial civil. Ele foi até a casa de Delano e lá decidiram que deveriam acionar um advogado e ir até a delegacia.

Assim que o caso foi comunicado na delegacia, policiais foram com as testemunhas até o bar. Quando Delano abriu a porta para os policiais, havia algumas manchas de sangue entre a saída e o depósito.

O corpo de Débora estava na parte debaixo do local. Havia hematomas nas partes íntimas e na cabeça. O pescoço de Débora tinha fios enrolados. A jovem estava sem calcinha e com a saia levantada na altura do quadril. Ela vestia sutiã e estava com a blusa levantada acima do peito.

Os indícios, segundo a Polícia, são de que Débora foi estuprada. Na cozinha do bar, apoiado na grelha da churrasqueira, havia um bastão preto. A suspeita é de que Willy tenha agredido a moça com esse bastão. Escondido embaixo do balcão, atrás de caixas de cerveja, estavam os documentos de Débora, dentro de uma mochila.

De acordo com informações da Carta Capital, Willy já era procurado pela Polícia. Ele tinha um mandado de prisão em aberto, já que respondia pelos crimes de estupro e de roubo. Além de procurar Willy, a Polícia quer ouvir os dois rapazes e a outra garota que estavam no bar, na manhã do dia 14. Ele é considerado foragido.

Débora deixou dois filhos. A jovem integrava e apoiava movimentos sociais ligados à luta das mulheres em São Paulo, como a União da Juventude Socialista (UJS) e a União Brasileira de Mulheres (UBM).

Nascida em Cáceres, a 225 km a de Cuiabá (MT),e  morava no bairro de Vila Nova Curuçá, na Zona Leste da capital paulista. Débora estudou Processos Gerenciais, na Faculdade Carlos Drummond de Andrade.

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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