Fotos Ahmad Jarrah
Joanel Pierre, 29 anos, faz parte de um grupo que chegou ao Brasil após a Copa do Mundo, em março de 2015. Ele deixou pai, mãe e seis irmãos no Haiti, mas desde 2004 não vive no seu País, quando foi morar no único país que faz divisa com o Haiti e divide a mesma ilha, a República Dominicana, para trabalhar como pedreiro. Hoje, está estabilizado no Brasil, trabalhando no Cemitério Parque Bom Jesus de Cuiabá, na região do Coxipó e com visto de permanência garantido até o ano 2025.
“Quando você está em um país estrangeiro, tudo é difícil. Até a água que você bebe, a comida que a gente vai almoçar, não tem coisa fácil de conseguir. É preciso ter paciência e depositar suas esperanças em Deus para abrir as portas,” exclama.
O sonho de Joanel agora é “trabalhar com profissão”. Ele ainda não decidiu qual será. De acordo com o haitiano, apenas os mais ricos têm a oportunidade de estudar no seu país, e agora quer a chance de aprender uma profissão no Brasil.
Morador do Bairro Parque Cuiabá desde que chegou à capital mato-grossense, procurou se socializar com os brasileiros. E foi na igreja onde encontrou sua ‘família e amigos’ no Brasil. A questão do idioma não foi uma barreira, mas um incentivo para aprender a língua portuguesa e os costumes brasileiros.
Agora ele quer casar com a namorada, que é pedagoga e chega do Haiti no final deste mês de outubro. Porém, ele reclama que ainda falta dinheiro para realizar o casamento, “vai demorar uns quatro meses ou três meses,” explica.
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