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Jovem é suspeito de matar o pai a facadas no RJ

Um crime bárbaro chocou moradores de Tomazinho, bairro de São João de Meriti, na Baixada Fluminense. Admildo Alves da Silva Junior, 22 anos, é suspeito de matar o próprio pai, Admildo Alves da Silva, 62 anos, com golpes de faca, na madrugada de domingo para segunda-feira. O corpo do homem, um conhecido açougueiro daquele município, foi encontrado pelo neto, um garoto de 5 anos, na manhã desta segunda-feira. Admildo será enterrado às 16h30 desta terça-feira no Cemitério de Vila Rosali. Junior está desaparecido.

"Meu sobrinho-neto amava o avô. Ele estranhou que o Admildo não tinha descido para tomar café da manhã na segunda e subiu até o quarto para chamá-lo. Chegando lá, deu de cara com o corpo do meu irmão estirado no chão, cheio de sangue. O menino desceu e disse para a mãe que o avô estava morto, que tinha muito sangue em volta dele", contou Joel Alves, 48 anos, irmão da vítima, desabafando: "Ele criou um filho que para ele foi um demônio".

Segundo o irmão da vítima, Junior é usuário de drogas e tinha o costume de cheirar cocaína. "Ele usa desde a época do colégio, quando começou a dar problemas para o pai. Fui várias vezes com meu irmão tentar interná-lo em centros de reabilitação, mas ele fugia no dia seguinte", conta.

Junior, que trabalhava com a mãe em uma barraca de cachorro-quente na Rua da Matriz, em Venda Velha, chegou na casa do pai, com quem morava, já por volta das 2h da madrugada de segunda-feira.

"A mãe dele ligou para o Admildo avisando que o Junior estava indo para casa, como ela sempre fazia. Ele saiu de lá cedo, mas, provavelmente, parou em algum canto para cheirar pó. Meu irmão ficou esperando por ele no portão. Quando chegou em casa, os dois devem ter brigado. Foi quando ele esfaqueou o pai", acredita Joel.

"Meu irmão cuidou dele e fez tudo o que podia fazer por ele. Acredito que o Junior tenha tentado levar algum dinheiro, que meu irmão acabou não dando". Junior não tinha passagem pela polícia, mas, segundo Joel, vinha realizando pequenos furtos na família para comprar drogas há um tempo.

"Ninguém podia deixar a porta de casa aberta no terreno onde eles moravam porque ele (o Junior) entrava para roubar", disse o tio do suspeito, acrescentando que "o maior erro" de Admildo foi abrigar o filho.

Ainda de acordo com Joel, Admildo foi atingido por golpes de faca no pescoço, no ombro e no peito. A Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) abriu um inquérito para apurar as circunstâncias da morte do açougueiro. De acordo com a Polícia Civil, os parentes da vítima já prestaram depoimento e agentes realizam diligências na busca de mais informações que possam ajudar a identificar a autoria do crime. Junior segue desaparecido.

Fonte: iG

Redação

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