A Justiça Estadual decidiu que Amilson Santos Pereira, 22 anos, acusado de feminicídio triplamente qualificado de Jaqueline dos Santos, será julgado pelo Tribunal do Júri. A decisão é do juiz Rafael Depra Panichella, da Comarca de Tabaporã (643 km de Cuiabá-MT). No entanto, a data da sessão ainda não foi definida.
De acordo com o processo, Jaqueline era amante do réu e foi assassinada em junho do ano passado por ameaçar contar sobre o relacionamento extraconjugal para a companheira do jovem. Na ocasião, a vítima foi alvejada com um disparo de arma de fogo e teve o corpo queimado por Amilson, que foi preso 12 dias depois do crime.
As investigações do caso começaram no dia 20 de junho, quando Jaqueline foi encontrada morta em uma fazenda, próxima de um frigorífico desativado da cidade. Segundo a mãe da vítima, a jovem de 24 anos foi vista pela última vez por volta de 12h do dia anterior. Ela teria dito que voltaria para casa rapidamente.
Conforme a Polícia Civil, para evitar que a sua esposa descobrisse a traição, Amilson se aproveitou da relação de confiança que tinha com Jaqueline e marcou um encontro em um local ermo, afastado do centro da cidade. Após uma breve conversa, o rapaz sacou um revólver e atirou contra a cabeça da vítima.
Não satisfeito, o réu foi até um posto de combustíveis na região para comprar um galão de etanol. Ele voltou ao local em seguida, derramou o liquido inflamável sobre a amante e, por fim, ateou fogo na mulher. Exames periciais feitos no local do crime indicaram que a vítima ainda estava viva quando foi carbonizada.
Amilson foi preso em flagrante pela PJC em 2 de julho. Na ocasião, os agentes de segurança também cumpriram o mandado de prisão preventiva contra o jovem. A arma utilizada no crime também foi apreendida.