O líder do PPS no Senado, José Medeiros, durante pronunciamento, ocorrido nesta quinta (03), criticou a política de segurança de fronteira e de combate ao narcotráfico do governo federal. “Que o governo possa ver o prejuízo que a Nação está tomando com a situação de hipossuficiência dos estados e dos municípios que não têm a mínima condição de lidar com esse problema de segurança”, afirma.
Citado o estado de Mato Grosso, o senador denunciou, a partir de informações que recebeu do prefeito da cidade de Campo Novo do Parecis, Mauro Berft, que pequenos municípios da região começaram a sofrer com o tráfico de drogas, como o crack. “Com a facilidade de acesso e sem fiscalização, os traficantes entram nessas cidades e já vendem meio quilo. Esses pequenos municípios não possuem estrutura para enfrentar o problema”.
O senador ressalta ainda que no estado são mais de 900 quilômetros de fronteira seca e que, por muitos anos a BR-163 e a 364, foram usadas como corredores principais de carros roubados, de produtos de narcotráfico e armamento, que são levados para São Paulo e Rio de Janeiro, mas que “ficaram manjadas”. “Com o surgimento de novos municípios na região de fronteira, como a cidade de Campo Novo do Parecis, novas rotas foram surgindo, estradas vicinais e esses municípios passaram a sofrer com a criminalidade”, destacou.
Durante o discurso, como solução para o problema, o senador defende a regulamentação da Lei 12.855, de 2013, que cria adicional para as categorias que atuam nas regiões brasileiras de fronteiras. “Para toda a faixa de fronteira do Brasil, ela cria um incentivo para fixar profissionais da Receita Federal, Fiscais Agropecuários, Polícia Federal e Polícia Rodovia Federal, de forma a criar um cinturão de proteção para o Brasil, porém ainda não foi regulamentada".
(Com informações da assessoria)