Reportagem deste domingo (29/1) no jornal O Estado de S. Paulo conta o perfil do juiz auxiliar Márcio Schiefler Fontes, que atua no gabinete do ministro Teori Zavascki desde 2014 e continuou conduzindo audiências com delatores da Odebrecht mesmo após a morte do antigo chefe, no dia 19 de janeiro. Ao lado de dois juízes instrutores, ele participou dos últimos depoimentos de executivos antes da homologação dos acordos no Supremo Tribunal Federal.
Schiefler Fontes é apontado por colegas como equilibrado, ponderado e discreto. É juiz em Santa Catarina, mesmo estado natal de Teori, mas os dois nunca haviam trabalhado juntos antes de Brasília, de acordo com a publicação.
Foi Schiefler quem recebeu a equipe da Procuradoria-Geral da República em março de 2015 para a entrega da apelidada “lista de Janot” – primeiro pedido enviado ao STF para investigações contra pessoas citadas na operação “lava jato” que apresentam ou apresentavam prerrogativa de foro.
Os outros dois juízes auxiliares entraram na equipe no ano passado: Paulo Marcos de Farias, também de Santa Catarina, e Hugo Sinvaldo Silva da Gama Filho, juiz federal em Goiás. Geralmente, ministros do Supremo têm dois auxiliares para ajudar nos processos, mas a corte havia autorizado um juiz extra a Teori, para dar conta do volume de trabalho.
A permanência da equipe a partir das próximas semanas dependerá do novo relator da “lava jato”, que pode ser definido ainda nesta semana.
Fonte: Conjur