O exército jordaniano indicou nesta sexta-feira (30) que ainda espera provas de que um de seus pilotos, capturado pelo grupo Estado Islâmico (EI), segue vivo, um dia após o fim do ultimato anunciado pela organização jihadista.
Às 14h30 GMT (12h30 de Brasília) de quinta-feira (29) terminou o prazo fixado pelo EI para que a Jordânia libertasse uma mulher condenada por terrorismo em troca do piloto jordaniano Muath al-Kasaesbeh e do refém japonês Kenji Goto, que estão em poder da organização jihadista e que ela ameaça matar.
Os extremistas capturaram Goto, um jornalista independente, provavelmente no fim de outubro, e o piloto Maaz al-Kassasbeh em 24 de dezembro, depois que seu F-16 caiu em uma zona da Síria onde ocorria um ataque contra o EI.
Amã exige uma prova de vida e a libertação de Al-Kassasbeh antes de libertar a prisioneira Sajida al Rishawi.
Segundo os especialistas, a combatente iraquiana é importante para o EI por seus vínculos com a Al-Qaeda no Iraque, mas também porque o grupo jihadista pretende que os demais atores o vejam como um Estado.
O Japão também está na expectativa por novas informações. O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, disse que todos os esforços foram feitos para garantir a soltura do jornalista Kenji Goto.
"Estamos recolhendo e analisando informações ao mesmo tempo que pedimos a cooperação da Jordânia e outros países, fazendo todos os esforços para libertar Kenji Goto", disse ele a uma comissão parlamentar.
O chefe de gabinete de governo japonês, Yoshihide Suga, declarou na noite de sexta-feira (horário de Tóquio) que o país estava fazendo tudo a seu alcance, mas se recusou a responder se as negociações tinham parado e se houve algum progresso.
"Estamos fazendo as coisas que temos de fazer, uma após a outra, de forma constante", disse ele em entrevista coletiva.
A crise dos reféns ocorre num momento em que o Estado Islâmico, que já divulgou anteriormente vídeos mostrando as decapitações de cinco reféns ocidentais, está sob crescente pressão de ataques aéreos liderados pelos Estados Unidos e do avanço das tropas curdas e iraquianas, que tentam expulsá-los das regiões que conquistaram no Iraque e Síria.
Fonte: G1