Conforme o coordenador-geral do ITC, Carlos Terena, foram consideradas as regionalidades das origens étnicas. “Levamos em conta se nossos convidados são indígenas litorâneos, da caatinga, dos campos, cerrado ou se habitam a Floresta Amazônica, as matas dos Pinhais, Atlântica e dos Cocais, e o Pantanal”, explica.
A liderança indígena ressalta que, entre os critérios adotados para a escolha das delegações, o fator cultural foi determinante. “Pensamos em costumes, práticas e origens de suas falas, linguagem, ritos, danças, cantos, instrumentos musicais, artesanatos, pinturas corporais e principalmente seus esportes tradicionais”, informa, ao destacar que o número de etnias convidadas a participar dos jogos será fechado de acordo com os recursos orçamentários programados.
Segundo Carlos Terena, na edição de 2013 participarão pela primeira vez ao menos 14 etnias e quatro povos de outros países, iniciativa que, para o líder, retrata o equilíbrio interétnico e de diferentes regiões. “Os Jogos dos Povos Indígenas se consolidam como referência de afirmação étnica e uso sustentável dos Jogos Verdes ao propor, para 2015, a realização da primeira edição dos Jogos Mundiais Indígenas no Brasil”, reforça.
Idealizados pelo Comitê Intertribal e realizado em parceria do Ministério do Esporte com o Governo de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Estado de Esportes e Lazer (Seel-MT), os Jogos dos Povos Indígenas apresentam um retrato de etnias e costumes típicos do Brasil, trazendo à capital mato-grossense 48 povos indígenas, de 18 países. Com relação à escolha das representações de índios brasileiros, Terena esclarece que a busca é feita de comum acordo com as autoridades indígenas, ou seja, um rodízio entre aldeias e etnias.