Política

Joaquim Barbosa diz que ‘não há outra saída’ a não ser renúncia de Temer

Foto: reprodução

Por G1

O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa afirmou nesta sexta-feira (19) que "não há outra saída" para o Brasil a não ser a renúncia do presidente Michel Temer.

Em sua conta pessoal no Twitter, Barbosa chamou de "estarrecedoras" as gravações entregues pelo empresário Joesley Batista à Procuradoria-Geral da República. Nos áudios, ele aparece em uma conversa com Temer na qual relata ao presidente uma sequência de crimes que vão de obstrução à Justiça, suborno de procuradores e compra de informações privilegiadas.

A gravação do empresário que fechou acordo de delação premiada mostra até tentativa de ter influência em órgãos que regulam e fiscalizam as atividades do grupo empresarial.

Ao longo do encontro, Temer ouviu tudo e não condenou os relatos de crimes do empresário em nenhum momento. Pelo contrário, em alguns trechos da conversa, o peemedebista chegou a repetir que tava "ótimo". Além disso, o presidente da República não mandou investigar nada.

"Agora vieram a público as estarrecedoras revelações do sr. Joesley Batista sobre o mesmo personagem, Temer. São fatos gravíssimos", disse o ex-presidente do Supremo.

"Não há outra saída: os brasileiros devem se mobilizar, ir para as ruas e reivindicar com força: a renúncia imediata de Michel Temer", concluiu.

Na rede social, o ministro aposentado criticou "líderes políticos, empresariais e parte da mídia" por, segundo ele, terem "minimizado" a revelação, feita por delatores da Odebrecht, que teria sido comandada por Temer na qual teria sido negociada a "compra do PMDB" por US$ 40 milhões.

"Isoladamente, a notícia extraída de um inquérito criminal e veiculada há poucas semanas, de que o sr Michel Temer usou o Palácio do Jaburu para pedir propina a um empresário, seria um motivo forte o bastante para se desencadear um clamor pela sua renúncia. Nada aconteceu, não é mesmo? Líderes políticos, empresariais, parte da mídia se incumbiram de minimizar a gravidade dos fatos", criticou Joaquim Barbosa.

Redação

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