“Estamos tratando de forma técnica o assunto, tudo está sendo conduzido com muita serenidade. Tenho convicção de minha inocência e neste momento estou focado na condução do mandato como vereador”, alegou o parlamentar.
O social democrata ainda alegou que preferiu não se licenciar, para discutir ponto a ponto sua linha de defesa. Por fim, ele disse ainda que a “Câmara tem um trabalho administrativo muito grande e espera que ela não se apegue a uma única discussão durante todo o ano”.
Comissão
Durante a sessão desta terça, foi oficialmente instaurada a Comissão de Ética que irá apurar as supostas negociações para desvio de recursos do Legislativo por parte do vereador João Emanuel. A previsão é de que os trabalhos sejam concluídos em 90 dias.
O processo de análise de documentações já foi iniciado e João Emanuel será notificado ainda esta semana. Ele terá o prazo máximo de cinco sessões para apresentar sua defesa. Em seguida, a Comissão inicia as oitivas para produzir o relatório final da Comissão.
A Comissão é presidida pelo vereador Toninho de Souza (PSD), enquanto que Osesas Machado (PSC) e Ricardo Saad (PSDB), respondem pela vice-presidência e relatoria, respectivamente.
Investigação
O ex-presidente da Câmara João Emanuel (PSD) é alvo da Operação Aprendiz, desencadeada no ano passado pelo Grupo de Apoio Especial de Combate a Corrupção (Gaeco), do Ministério Público do Estado (MPE), em decorrência de supostas negociações para desviar recursos do Legislativo.
Na última semana, a investigação do Greco foi desqualificada em decisão liminar proferida pelo desembargador Juvenal Pereira da Silva. Em sua decisão, o magistrado pontuou que não houve no procedimento, participação da Polícia Civil, o que gerou um vício de composição.
Ainda assim, o presidente da Comissão de Ética da Câmara, vereador Toninho de Souza (PSD), afirmou que o vídeo em que João Emanuel aparece supostamente negociando vantagens em uma licitação da Casa é o principal objeto de investigação.