O social democrata recebeu dos membros da Comissão, cópias de toda a documentação referente ao processo de investigação e diante disso terá o prazo de cinco sessões para apresentar sua defesa.
“Fizemos essa citação pessoal ao João Emanuel e entregamos a ele, cópia da representação feita pela ONG Moral, bem como dos documentos do Ministério Público e de toda a documentação usada na investigação”, pontuou o presidente da Comissão, vereador Toninho de Souza.
O relator da Comissão, vereador Ricardo Saad (PSDB), lembrou que resta agora aguardar a defesa de João Emanuel, para que daí em diante a Comissão inicie as oitivas e produza o relatório final da investigação.
Ao final do processo investigatório, abre-se a possibilidade de que seja votada em plenário, pelos 25 vereadores que compõe a atual Legislatura, a cassação de João Emanuel.
O ex-presidente limitou-se a dizer que tudo está sendo tratado com serenidade e que sua defesa irá analisar juridicamente toda a documentação que lhe foi apresentada. “Ainda não tenho conhecimento do teor da documentação, mas vamos ver quais serão os pontos serão utilizados na defesa”.
Por fim, o parlamentar ainda disse nem pensar na possibilidade de que seu mandato seja cassado.
Investigação
O ex-presidente da Câmara João Emanuel (PSD) é alvo da Operação Aprendiz, desencadeada no ano passado pelo Grupo de Apoio Especial de Combate a Corrupção (Gaeco), do Ministério Público do Estado (MPE), em decorrência de supostas negociações para desviar recursos do Legislativo.
Na última semana, a investigação do Greco foi desqualificada em decisão liminar proferida pelo desembargador Juvenal Pereira da Silva. Em sua decisão, o magistrado pontuou que não houve no procedimento, participação da Polícia Civil, o que gerou um vício de composição.
Ainda assim, o presidente da Comissão de Ética da Câmara, vereador Toninho de Souza (PSD), afirmou que o vídeo em que João Emanuel aparece supostamente negociando vantagens em uma licitação da Casa é o principal objeto de investigação da Comissão.