O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) publicou neste sábado (30) na internet um vídeo de uma execução a tiros, no qual um carrasco encapuzado faz ameaças em francês contra "os infiéis" e menciona os atentados de novembro de 2015, em Paris (Foto: HO / NINAVA MEDIA CENTRE / AFP)
O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) publicou neste sábado (30) na internet um vídeo de uma execução a tiros, no qual um carrasco encapuzado faz ameaças em francês contra "os infiéis" e menciona os atentados de novembro de 2015, em Paris.
No vídeo de quase 8 minutos de duração, difundido por um braço mediático na província de Nínive (norte do Iraque) do grupo EI, cinco homens – entre eles o que se expressa em francês – executam com um tiro na cabeça prisioneiros com roupas de cor laranja, os quais apresentam como "espiões".
Além disso, antes de ser executados, os cinco homens dizem, em árabe, os motivos que levaram à sua captura.
O jihadista que fala em francês, de quem se veem algumas mechas loiras que escapam do capuz marrom que só deixa seus olhos à mostra, é o único dos carrascos que toma a palavra. Também é o único em trajes camuflados, enquanto os outros vestem preto.
Ele se refere aos inimigos do EI como "em plena ruína" e adverte que aguardem algo que os fará esquecer "o 11 de setembro – em Nova York – e os atentados de Paris", em novembro de 2015. Estes últimos, reivindicados pelo EI, deixaram 130 mortos em novembro passado.
Este jihadista também menciona Portugal e Espanha, afirmando que o EI prevê voltar a Al Andalus, nome dos territórios ibéricos sob domínio muçulmano entre os séculos VIII e XV da era atual, citando em particular as cidades de Toledo e Córdoba.
Antes de proceder às execuções, neste vídeo filmado em uma zona em ruínas não identificadas, o carrasco francófono também destaca os ataques aéreos contra o grupo jihadista na Síria e no Iraque, os quais – afirma – se chocam contra o "escudo do califado".
O EI proclamou em junho de 2014 um "califado" em trechos de territórios que controla nestes dois países, onde impõe sua lei e exacerbou seus atos criminosos.
Fonte: G1