O Conselho de Ética da Câmara instaurou nesta terça-feira (4), a pedido da Mesa Diretora da Casa, processo disciplinar para apurar se o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) quebrou o decoro parlamentar ao cuspir em Jair Bolsonaro (PSC-RJ) em abril, no plenário, quando os parlamentares decidiam se dariam sequência ou não ao processo de impeachment da então presidente Dilma Rousseff.
À época, Jean Wyllys disse ao jornal "O Globo" que havia cuspido em Bolsonaro porque, após votar contra o prosseguimento do processo de impeachment, o deputado do PSC o havia insultado.
O G1 procurou a assessoria de imprensa de Jean Wyllys, e aguardava resposta até a última atualização desta reportagem.
Relatoria
Na sessão do Conselho de Ética desta terça, o presidente do colegiado, José Carlos Araújo (PR-BA), sorteou uma lista tríplice de parlamentares que poderão assumir a relatoria do caso: Ricardo Izar (PP-SP), Leo de Brito (PT-AC) e Zé Geraldo (PT-PA). Caberá a Araújo escolher o relator, o que deve ocorrer já nos próximos dias.
Conforme o regimento interno da Câmara, quando um pedido de abertura de processo é assinado pela Mesa Diretora, após designado o relator, a ação é admitida automaticamente pelo colegiado, diferentemente do que prevê o regimento quando partidos políticos protocolam a denúncia – nesse caso, os integrantes do conselho precisam votar pela admissibilidade ou rejeição do processo.
O regimento da Casa prevê ainda que o relator do processo não poderá ser do mesmo estado, partido, bloco parlamentar ou agremiação do acusado, como é o caso de todos os sorteados nesta terça.
Fonte: G1