Em meio ao debate nacional sobre ajustes fiscais, o senador Jayme Campos (União-MT) manifestou-se contrariamente a qualquer medida que aumente a carga tributária no país. Em pronunciamento nesta terça-feira (10), ele criticou a sobretaxa do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), anunciada pelo Governo Federal, afirmando que a medida “vai pesar sobremaneira nos ombros da população brasileira”.
“O povo está cansado de pagar tanto imposto, cansado de custear um Estado ineficiente e gastador”, declarou. Além do IOF, o parlamentar expressou preocupação com a proposta de tributar em 5% os rendimentos das Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), atualmente isentas para pessoas físicas.
Segundo Campos, a mudança encareceria a compra da casa própria e elevaria o preço dos alimentos, afetando toda a cadeia produtiva do agronegócio e da construção civil. “As LCAs são a base do financiamento agropecuário e estruturam o Plano Safra. Taxá-las afastará investidores e aumentará o custo do crédito para quem produz”, argumentou. “A solução não é gastar mais, mas gastar melhor”
O senador afirmou que o ajuste fiscal não deve se basear apenas no aumento de arrecadação, mas sim no controle de despesas obrigatórias e na revisão de privilégios. “É preciso passar um pente fino nos gastos públicos, cortando subsídios ineficientes que consomem bilhões sem retorno para a sociedade”, disse, citando que as renúncias fiscais devem chegar a R$ 544 bilhões em 2025.
“O Brasil não precisa de mais impostos; precisa de gestão séria e respeito ao dinheiro público. O desafio é priorizar o essencial: escolas, hospitais, estradas e creches de qualidade”, concluiu.