Política

Jayme Campos sinaliza abandono do barco de Pedro Taques à reeleição

Tido até recentemente como o mais fiel aliado do governador Pedro Taques (PSDB), o secretário de assuntos estratégicos de Várzea Grande Jayme Campos (DEM) vem subindo cada vez mais o tom acerca de um abandono do projeto de reeleição do tucano. Na manhã de hoje (5), durante entrevista coletiva pós seminário de infraestrutura na Assembleia Legislativa, disse com todas as letras que está preparado para enfrentar qualquer um numa eventual candidatura ao governo.

Ele também afirma que é cedo demais para cerrar fileiras em torno de Taques. “Não sou filho de pai assustado, já fui governador. Estou de boa e preparado”, disse na manhã desta segunda na assembleia. Reconheceu, entretanto, que não decide retirada ou não do DEM do ninho e que eventual candidatura só após consenso da sigla comandada por ele e o irmão, Júlio Campos.

Júlio, aliás, contou ao Circuito que tudo o que falam agora, por mais bombástico que possa soar, não passa de elocubrações, pois nada em política se define antes de pelo menos mais dois prazos decisivos antes da eleição propriamente dita: a meia-noite do dia 6 de abril (data final para desincompatibilizações de cargos) e a janela para novas filiações e mudanças de partido, entre a próxima quarta-feira (7) e o dia 7 de abril.

“Tudo que se fala agora, as reuniões e conversas, são apenas preliminares, nada será concretizado antes desses prazos decisivos. Vai haver mudanças no cenário durante este mês inteiro e só no dia 7 encerra esse primeiro prazo. Só depois disso tudo é que poderemos ver quem tem peito de deixar o cargo para disputar a eleição em outubro”, falou o ex-governador, ex-senador e ex-deputado federal.

Depois dessas primeiras datas, há variáveis que permanecerão, continuou Júlio Campos, intangíveis até depois da Copa do Mundo, pois o período de convenções começa no dia 5 de julho e segue até 5 de agosto, são 30 dias em que os partidos escolhem seus candidatos para disputar mandatos.

“Nessa fase, pode haver muita composição, um partido pode sair de um lado e ir pra outro, lançar chapa própria. Qualquer composição antes de abril é conversa fiada. Blairo pode ter dito que não é candidato, mas na última hora pode muito bem resolver se lançar. Isso mudaria completamente o cenário, assim como Jayme diz que vai deixar o cargo de secretário, mas se não deixar também não pode ser candidato, por exemplo”.

Jayme reforçou as palavras do irmão ao dizer que é normal esse período de cortejo da bela noiva que acabou por se tornar o DEM, depois de um período como a menina feia do baile, que só se pegava às escondidas. “Estou conversando com todo mundo, com Carlos Fávaro [PSD], com Nilson Leitão (PSDB), com Wellington Fagundes (PR), Taques, Carlos Bezerra (MDB)”, afirma o ex-prefeito e hoje secretário de Assuntos Estratégicos de Várzea Grande.

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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