O senador Jayme Campos (União) acusou o Supremo Tribunal Federal (STF) de cometer “excessos e abusos de autoridade” ao analisar os casos do ex-presidente Fernando Collor de Mello e do também ex-chefe do Planalto, Jair Bolsonaro. Em entrevista publicada no Rdnews, o parlamentar defendeu que o Congresso deve rever a legislação que regula a atuação da Suprema Corte.
No caso de Collor, que foi preso nesta sexta-feira (25) para cumprimento de pena por corrupção e lavagem de dinheiro, Jayme ponderou que, dada sua trajetória como presidente, governador e senador, ele poderia cumprir a pena em prisão domiciliar, com uso de tornozeleira eletrônica. Collor, de 75 anos, enfrenta problemas de saúde como Parkinson, apneia do sono e transtorno afetivo bipolar.
Sobre Jair Bolsonaro, internado na UTI após cirurgia abdominal, o senador afirmou que a intimação para apresentar defesa poderia ter sido adiada, criticando o que considerou ser um gesto desnecessário do STF. “Ele não ia fugir”, ressaltou Jayme, em referência ao processo no qual Bolsonaro virou réu sob a acusação de tentativa de golpe de Estado em 2022.
A defesa de Bolsonaro também protestou contra a citação em hospital, alegando violação do princípio da dignidade humana. Em nota, o Supremo sustentou que esperou o momento oportuno e citou o fato de o ex-presidente ter participado de uma transmissão ao vivo recentemente, indicando capacidade de receber intimação.