A visita é uma espécie de "pesquisa in loco" do governo japonês nos principais centros produtores de grãos do país, já que muitas empresas japonesas têm interesse em investir na agricultura brasileira. A delegação também visitou uma fazenda na região de Campo Verde onde conheceu a produção de soja e milho.
Entre os pontos analisados pelos japoneses estão a produção agrícola (em especial de soja e milho), transporte e logística, infra-estrutura, exportação, legislação para aquisição de terras por estrangeiros, entre outros.
Conforme pontua o diretor executivo da Famato, Seneri Paludo, a produção de grãos em Mato Grosso vem despertando a atenção de investimentos estrangeiros, como chineses e japoneses, e é papel da Famato divulgar todo o potencial agrícola do Estado. "Percebemos que há um grande interesse por parte dos países asiáticos em investir na produção agrícola de Mato Grosso e esta visita foi o primeiro passo para futuros investimentos japoneses", afirma.
O chefe da Divisão de Negociações Comerciais Internacionais e Cooperação Internacional ao Investimento Agrícola do Ministério da Agricultura do Japão, Masamitsu Nakaizumi, destacou que o Japão é auto-suficiente na produção de arroz, porém depende das importações de soja e milho para garantir o abastecimento alimentício da população. Por isso, a necessidade de investir em países que são grandes produtores destes grãos, como o Brasil. "Nesta primeira visita estamos conhecendo de perto a produção de grãos, transporte e logística de exportação, e apontando em quais pontos há maior necessidade de investimentos que facilitem o comércio destes produtos entre os dois países", destaca.
O Japão já é parceiro comercial de Mato Grosso. Em 2011, o país asiático importou 236,9 mil toneladas de soja e 468,1 mil toneladas de milho do Estado. Além de Mato Grosso, a delegação japonesa passou pelo Distrito Federal e pelos estados de São Paulo e Bahia.
A Famato é a entidade que representa os 86 sindicatos rurais existentes em Mato Grosso. Junto com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-MT) e o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), forma o Sistema Famato.
Fonte: ASCOM Sistema Famato