Segundo a delação de Silval e do seu ex-chefe de gabinete Silvio César Araújo, Maggi teria tentado intervir nas investigações da Ararath entre os anos de 2014 a 2017. A mando do ministro, Cidinho Santos teria ido até o Centro de Custódia de Cuiabá em abril deste ano e ofereci vantagem indevida para que Silval evitasse confessar.
Janot considerou ainda a gravação do diálogo feito pelo ex-governador, que inclusive já foi entregue ao Ministério Público Federal. O procurador relata que no áudio Cidinho Santos falava em nome de Blairo Maggi.
Visita solidária
Em recente entrevista o senador Cidinho Santos afirmou que a visita feita ao ex-governador foi em “solidariedade” ao colega político. Além disso, ele negou que tal encontro tivesse sido para pedir que Silval não fizesse nenhum acordo de delação ao STF, o que viera a fazer um mês depois.
“Eu fui lá fazer um gesto humano. Não houve nenhum pedido para que ele [Silval] não fizesse delação. Eu disse que ele deveria fazer o que fosse melhor para ele, mas também não disse que ele iria sair logo da prisão. Você não vai ao hospital e diz ao paciente terminal que ele vai sair logo de lá”, disse Santos.
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