A deputada estadual Janaína Riva (MDB) afirmou na tarde desta terça-feira (23) que ‘tem muita gente usando o Ministério Público Estadual de Mato Grosso para se esconder’ ao se referir ao caso dos grampos telefônicos e que ficou conhecido como Grampolândia Pantaneira. Policiais militares, em novo depoimento, acusaram promotores de terem usado o serviço de escuta como barriga de aluguel.
“Os próprios promotores não podem deixar que os seus membros coloquem o nome do Ministério Público na lama. Tem muita gente que usa a instituição para se esconder, dizendo que querem atacar o órgão. Apenas queremos que aqueles que cometeram ilícitos paguem por eles”, a deputada.
Janaína fez menção tanto às declarações dos militares quanto ao posicionamento do Ministério Público sobre o conteúdo da delação, e que provocaram um movimento na Assembleia Legislativa de Mato Grosso pela criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar o caso.
O movimento resultou na convocação do procurador-geral de Justiça Alexandre Guedes para apresentar que atitudes o Ministério Público está tomando acerca daquilo que foi dito. “Ele precisa demonstrar o que está sendo feito no sentido de investigar aquilo que foi dito”. O procurador está neste momento sendo ouvido na ALMT.
“O objetivo da reunião é essa e acredito que depois os deputados farão um colégio de líderes. O presidente da OAB, Leonardo Campos, também foi convidado na semana que vem, por conta do PLC. Temos que tomar uma decisão acerca da CPI. Não tem porque ter pressa em tomar essa decisão, mas existe um apelo popular muito forte em cima da questão dos grampos. É uma cobrança da sociedade. E a CPI facilitaria o acesso às informações, já que muitas delas são sigilosas”.