Não só dentro de campo estarão os reforços do Cruzeiro em 2017. Depois de anunciar Tinga como gerente de futebol, o clube oficializou a contratação de um auxiliar técnico fixo para a vaga deixada por Geraldo Delamore ainda em julho. James Francisco Freitas Iahnke, de 48 anos, estava no Grêmio e foi indicado por Mano Menezes para compor a comissão celeste a partir de janeiro. “Era o momento de buscar esse desafio”, disse o auxiliar em entrevista ao Superesportes momentos após o Cruzeiro confirmar sua chegada.
Ainda durante a conversa, James destacou as rápidas tratativas com o vice-presidente de futebol, Bruno Vicintin, falou sobre a relação antiga com o técnico Mano Menezes, a linha de trabalho parecida com a do colega, e projetou um relacionamento excelente com Tinga, novo gerente de futebol do Cruzeiro. O auxiliar se apresentou ao torcedor e comentou seus objetivos na Toca da Raposa II.
Confira a entrevista na íntegra:
Negociação
Foi um contato mais de conhecimento mesmo, de trocar ideia sobre futebol. O Bruno tem uma larga experiência com a base, foi mais um bate papo, trocamos bastante figurinha sobre o trabalho. Ele é apaixonado pelo futebol, como eu. Foi muito bom o contato e rapidamente fizemos o acerto.
Ligação com Mano Menezes
Minha ligação com o Mano é antiga. Tivemos um primeiro contato em 2001, no Inter. O Mano era do técnico do sub 20 e eu auxiliar da equipe sub 17. Tivemos uma passagem juntos no Grêmio, também, entre 2007 e 2008. Naquela ocasião eu fui técnico do sub 17 e ele do profissional. Sempre mantemos contato.
Ele já me tinha feito um convite quando ainda era técnico do Guarani (de Venâncio Aires-RS), para ser auxiliar, mas o clube não tinha muitas condições e acabou não dando certo. Dessa vez batemos um papo rápido na semana passada e acertamos tudo. O Bruno (Vicintin) fez um contato comigo, conversamos e eu tinha interesse de retomar o trabalho com o Mano, poder trabalhar junto novamente. Fiz um acerto rápido porque era do meu total interesse.
Relação com o ‘gerente Tinga’
Eu conheço muito o Tinga. Em 2010, quando ele retornou como atleta ao Internacional, eu era o técnico da categoria de base. Conversamos algumas vezes. Ele também visitou o Grêmio recentemente, quando o Roger ainda era o treinador, batemos um papo rápido. Mas como a negociação com o Cruzeiro foi muito rápida, resolvida em horas, ainda não tivemos tempo de conversar a respeito de trabalho.
Apresentação ao torcedor
Eu tenho uma carreira de um bom tempo de trabalho, muito nas categorias de base, experiência também no profissional, trabalhei fora do país, no Guaraní do Paraguai. A ideia é que a gente possa repetir essa receita que deu certo no Grêmio recentemente, desenvolver um trabalho para buscar conquistas no Cruzeiro.
Objetivos no Cruzeiro
É um desafio. Depois de quatro anos tomei essa decisão, é o desafio de buscar um novo mercado. Considerando a história do Cruzeiro, no passado recente tem um bicampeonato brasileiro, grandes conquistas em sua história, títulos internacionais. Era o momento para buscar esse desafio. Nossa carreira é muito movida por esse tipo de desafio.
Filosofia de trabalho
Minha formação é muito acadêmica. Tenho duas especializações, aprimoramento fora do país. Tive um período na Europa, fiquei estudando o futebol francês em 2002 por um mês e acho que minha característica principal é essa, uma linha de trabalho muito parecida com a do Mano, com a do Roger, que também passou pelo Grêmio. Gosto do futebol bem jogado, como é a tradição do Cruzeiro. Sou professor de educação física por formação e especializado em treinamento desportivo.
Episódio recente envolvendo Delamore e Paulo Bento
Eu acho que a gente vai iniciar o trabalho, é um processo de conhecimento para a diretoria comigo e eu para com a diretoria do Cruzeiro. Nada como o tempo, o trabalho para gente poder fortalecer o trabalho e as relações. Nem me passa pela cabeça isso (risos), vamos fazer um grande trabalho, tenho certeza.
Fonte: Super Esportes