A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, disse na terça-feira, 15, ao Estadão/Broadcast que olha regularmente o preço dos combustíveis, de 15 em 15 dias. E que, segundo ela, “já está na hora de olhar de novo” o comportamento dos preços, uma vez que o último reajuste feito pela estatal (no preço do diesel) foi no dia 1.º de abril. A executiva ressaltou, no entanto, que “é preciso muita calma nessa hora”, e que o assunto ainda está sendo discutido dentro da companhia, para que a volatilidade externa das cotações do petróleo não contamine os preços dos derivados no País.
“A tarifa é problema deles (dos Estados Unidos), não nosso. Não podemos trazer essa confusão para dentro do País. Estamos olhando com muito carinho se o patamar está consistente. Dependendo, a gente abaixa ou eleva os preços (aqui)”, disse a executiva. “Muita calma nessa hora, porque os problemas globais não são nossos”, acrescentou.
Com as quedas recentes dos preços do petróleo, em meio à guerra de tarifas desencadeada pelo presidente Donald Trump, dos Estados Unidos, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira vem pressionando a Petrobras com declarações públicas de que já há condições para reduzir os preços dos derivados, principalmente da gasolina. A estatal tem resistido.
Ontem, tanto a cotação do petróleo quanto a do dólar oscilavam entre pequenas altas e baixas. No fim do dia, o barril do Brent (referência para o Brasil) fechou em queda de 0,32%, a US$ 64,67.
Decisão conjunta
A decisão sobre o preço dos combustíveis pela Petrobras é tomada pela presidente e mais dois diretores: o Financeiro e de Relações com Investidores, Fernando Melgarejo, e o diretor de Logística, Comercialização e Mercados, Claudio Schlosser.
A última mexida de preços da Petrobras aconteceu no dia 1º de abril, para o diesel, cujos preços tiveram um corte de 4,6% nas refinarias da estatal. Já a gasolina não é reajustada há 271 dias – o último reajuste ocorreu em julho de 2024, com um aumento de R$ 0,20 por litro nos preços das refinarias.