Representantes palestinos e israelenses, com mediação do Egito, acertaram um cessar-fogo por tempo ilimitado na Faixa de Gaza nesta terça-feira (26). O acordo foi estabelecido após 50 dias de guerra.
Em julho, o governo brasileiro convocou ao país seu embaixador em Tel-Aviv para consultas após considerar "inaceitável a escalada de violência" e condenar "energicamente o uso desproporcional da força por Israel na Faixa de Gaza".
Na ocasião, um porta-voz de Israel afirmou que a decisão brasileira não contribuia para "encorajar a calma e a estabilidade na região" e chamou o país de "anão diplomático". A medida de convocar um embaixador é excepcional e tomada quando o governo quer demonstrar descontentamento e avalia que a situação no outro país é grave.
A nota do Itamaraty informa que as consultas com o embaixador Henrique da Silveira Sardinha Pinto, para avaliar a situação no Oriente Médio, já foram concluídas. O texto também felicita o cessar-fogo entre Israel e Palestina, que, na visão do Itamaraty, pode contribuir para alcançar a paz no local.
Leia abaixo a íntegra da nota do Ministério das Relações Exteriores:
Cessar-Fogo no Oriente Médio
O Brasil acolhe com satisfação o anúncio de um cessar-fogo entre Israel e Palestina com base no esforço de mediação do Egito.
O Governo brasileiro confia em que o cessar-fogo contribua para a estabilização da região e permita encontrar um encaminhamento definitivo para o conflito entre Israel e Palestina, com base na solução de dois Estados, vivendo lado a lado, em paz e segurança.
Concluídas as consultas para as quais foi convocado, o Embaixador do Brasil em Israel, Henrique da Silveira Sardinha Pinto, retornará a Tel Aviv.
G1