Informações do Departamento Penitenciário de Campo Grande apontam que o italiano foi encontrado enforcado na manhã de terça-feira (15), possivelmente vítima de suicídio. O corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML), onde passou por exame de necropsia. O laudo vai compor o inquérito aberto pela PF.
Pompei foi preso pela última vez por policiais federais de Barra do Garças (região Leste) ao ser detectada a tentativa de fraude na retirada de um passaporte com documentos falsos. Ao verificar a identidade do acusado, a PF descobriu que se tratava de um foragido da polícia italiana, acusado de pertencer a uma máfia daquele país. No Brasil, um pedido de extradição tramitava no Supremo Tribunal Federal (STF) desde 2002. Com essa justificativa, o italiano teve a prisão preventiva decretada e foi encaminhado para Campo Grande.
Por e-mail, o advogado Gaudêncio Santiago do Carmo, do Ceará, que defendia o estrangeiro, destacou que ele "não deveria estar naquele presídio. Não houve fiscalização das autoridades, haja vista sofrer de distúrbios psicológicos e tomar remédios controlados".
Na mensagem, o defensor apontou ainda que várias injustiças foram cometidas contra o seu cliente. Carmo foi procurado, mas as ligações feitas ao número de telefone informado no e-mail não foram atendidas.
Em 2001, Vincenzo foi preso no Rio de Janeiro pelas polícias brasileira e italiana. Em depoimento ao STF, que julgou o pedido de extradição do estrangeiro, ele negou as acusações feitas contra ele, incluindo envolvimento com uma máfia do seu país. Rebateu a acusação de envolvimento em homicídios e garantiu ter a documentação da arma, que a polícia alegava ser ilegal. Acusou ainda os agentes italianos de cometerem truculência contra a família dele e não ter medo de voltar para a Europa. Porém, justificou o interesse de permanecer no Brasil por ter um filho nascido aqui.
Fonte: A Gazeta