O Hamas, que rejeitou no início da semana uma primeira iniciativa de cessar-fogo apresentada pelo Egito e que havia sido aceita por Israel, não confirmou até o momento o compromisso."Não temos nenhuma informação sobre o acordo", disse à AFP um porta-voz do movimento islamita em Gaza, Fawzi Barhum.No Cairo, as autoridades egípcias, que atuam como mediadoras, também não confirmaram até o momento a conclusão de um acordo.Hazem Abu Shanab, diretor do Fatah, movimento do presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, afirmou que "existe alguma coisa sobre a mesa, mas nada fechado".
Acordo provisório
Israel e o Hamas acertaram nesta quinta o respeito a um cessar-fogo provisório, de cinco horas, para o abastecimento humanitário e a retirada de feridos graves da Faixa de Gaza.A trégua, estabelecida entre as 10h e as 15h locais (4h e 9h de Brasília), foi aceita no final da noite de quarta-feira (16) pelo Hamas, depois que o Exército israelense anunciou que a interrupção das operações na região.
"As facções da resistência concordaram em aceitar a oferta da ONU de uma trégua de cinco horas por razões humanitárias", informou em comunicado o porta-voz do Hamas, Sami Abu Zukhri.Apesar disso, durante o período da trégua, três disparos de morteiro procedentes de Gaza atingiram o sul de Israel, segundo o Exército local. Enquanto o Tsahal não dispara, três obuses procedentes de Gaza foram lançados contra Eshkol, disse o Exército. Ninguém ficou ferido nos ataques.
Antes disso, Israel havia advertido que "se o Hamas, ou qualquer outra organização terrorista, aproveitar essa janela humanitária para realizar ataques contra civis israelenses e alvos militares, o Exército responderá com firmeza e de forma contundente". Entretanto, por enquanto não houve resposta israelense aos disparos palestinos.
A trégua foi solicitada pelo enviado especial da ONU para o Oriente Médio, Robert Serry, por causa da morte de quatro meninos palestinos na quarta em uma praia de Gaza por um bombardeio da Marinha israelense.Trata-se do primeiro cessar-fogo aceito pelas duas partes desde que Israel iniciou sua ofensiva militar Limite Protetor há dez dias. Segundo os serviços de emergência palestinos, 230 pessoas morreram e 1,6 mil ficaram feridas na Faixa de Gaza até o momento.
G1