Jurídico

Irmão de Edineia diz que perda é irreparável, mas que a justiça foi feita

Wellington Fabricio de Amorim Couto, 34, foi condenado nesta quinta-feira (23) a 17 anos de prisão, pelo assassinato brutal da sua ex-namorada, estudante de direito Dineia Batista Rosa, 35, em uma residência no bairro Serra Dourada, em Cuiabá-MT.

Após o resultado, Edinei Rosa irmão de Edineia, postou no Facebook, que nada irá reparar a perda da irmã, porém o empenho de todos de certa forma conforta o coração dos familiares. "Nada irá reparar a perda, mas o empenho de todos, de certa forma nos conforta, pois demonstra a semente de amor que minha irmã plantou. Em meu nome , dos filhos de Dineia e dos nossos pais , agradeço a todos de coração", diz parte da publicação feita por Dinei. (Veja abaixo).

Ao Circuito Mato Grosso, o advogado Jonatas Peixoto, que esteve em defesa da família de Dineia e na acusação de Wellington, disse que a pena foi considerada significante pela defesa.

“Pelo exposto em termos jurídicos saímos satisfeitos, pois o Wellington por ser reincidente em homicídio qualificado, somando a pena que já possuía, agora o tempo inicial de reclusão é de 26 anos, podendo ir para o regime semiaberto, após cumprir 3/5 da pena”, revelou o advogado.

Durante o julgamento, Jonatas contou a reportagem que o acusado não se mostrava arrependido do crime que cometeu, e tentou a todo tempo, colocar a culpa da morte na própria vítima.

“Ele acusava a Dineia de difamar ele, de fazer chacota na frente dos outros por ele usar tornozeleira eletrônica, e criou vários fatos para culpar a vítima, porém não conseguiu comprovar os fatos, e acabou sendo nula essa acusação do Wellington”.

Wellington Fabricio já havia sido condenado por homicídio anterior contra a ex-companheira, praticado em 2008, também em Cuiabá.

Wellington cumpria regime semiaberto desde 2013 e conheceu Dineia com quem teve um relacionamento. Com o passar do tempo, o assassino começou a desconfiar que Dineia  estaria traindo ele, e passou a persegui-la e fazer ameaças.

Ao saber que o acusado já havia sido preso por ter assassinado outra ex-namorada, Edineia procurou a polícia para registrar um boletim de ocorrência. O criminoso não aceitou também o fim de outro relacionamento e a denúncia feita pela vítima e acabou matando de forma cruel  a namorada na frente do filho dela de apenas oito anos.

Quatro dias depois da morte de Dineia, amigos e familiares da vítima, realizaram um protesto em frente a Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP) na Capital. O objetivo do ato na época era garantir que o crime não caísse no esquecimento e que o autor fosse rigorosamente punido.

Ednei Rosa, irmão de Edineia chegou a organizar o protesto nas redes sociais convocado amigos, e pessoas que se chocaram com crime.

O crime

Dineia e o irmão dela deram de presente para a mãe um lote com uma casa no Bairro Serra Dourada. No dia do crime, 20 de maio de 2017, quando a vítima foi ajudar a mãe a limpar o terreno, o acusado arrombou a porta da residência para matá-la.

A polícia informou que pelas marcas a jovem foi brutalmente assassinada, com requintes de crueldade. O rosto de Dineia chegou a ficar desconfigurado, por conta das agressões.

Após o crime, já na porta da casa, Fabrício se deparou com o filho de Dinéia, de oito anos, que com medo não se aproximou do assassino. Ele ainda ameaçou pegar a criança, que saiu correndo atrás da avó.

Wellington foi preso no final da tarde do mesmo dia por por policiais da DHPP.

Postagem de Dinei na rede social:

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Redação

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