O suposto primeiro iPhone dobrável da Apple, apelidado de iPhone Fold, tem gerado muito curiosidade – segundo o site AppleInsider, ele pode ser lançado entre 2026 e 2027. O dispositivo, que promete marcar a estreia da empresa em telas flexíveis, deve trazer mudanças marcantes no design, nas telas e na estrutura interna.
Os relatos mais recentes apontam que a Apple vem realizando testes e desenvolvendo protótipos desde 2024, com direito a linhas de produção sendo preparadas por fornecedores como a Samsung Display.
Com expectativa de produção entre o fim de 2025 e meados de 2026, o iPhone Fold pode chegar ao mercado como um dos lançamentos mais importantes da década para a Apple, e o anúncio oficial pode ocorrer entre o final de 2026 e o início de 2027.
Se confirmado, o Fold deve estrear em um momento de concorrência mais acirrada, com rivais como Samsung e Motorola já estabelecidas no setor. Ainda assim, analistas afirmam que a Apple pretende evitar vincos na tela e priorizar durabilidade, fatores que podem diferenciar o modelo nos primeiros testes.
Design físico e estrutura
Veículos americanos sugerem que o iPhone Fold terá dimensões próximas às do iPhone Air quando fechado, mas com uma espessura maior para acomodar o mecanismo de dobradiça. Informantes estimam entre 9 mm e 9,5 mm dobrado e algo entre 4,5 mm e 4,8 mm quando aberto, o que colocaria o aparelho na média do segmento.
A dobradiça é considerada um dos maiores desafios do projeto, e patentes e relatos desde 2014 citam o uso de ligas amorfas (como o Liquidmetal) que podem oferecer resistência maior que a do titânio; segundo o Ming-Chi Kuo, analista de mercado focado na cadeia de suprimentos da Apple, esse material pode ser até duas vezes mais resistente e deve ser produzido por fornecedores como Foxconn e Shin Zu Shing.
Visualmente, o Fold pode se assemelhar a dois iPhones lado a lado, com uma tela externa estreita e uma tela interna maior. As referências mais recentes sugerem que o design será semelhante ao Galaxy Fold, mas com acabamento mais próximo da linha Air atual e sem entrada para cartão SIM físico, apenas eSIM.
As cores devem seguir a estratégia usada nos primeiros protótipos, com testes em preto e branco, enquanto outras opções podem aparecer perto do lançamento, mas analistas avaliam que a Apple costuma restringir a paleta em produtos inéditos para evitar maior complexidade na fabricação.
A moldura do dispositivo deve ser feita em alumínio em vez de titânio, segundo o analista de tecnologia Jeff Pu, e essa mudança pode ser motivada tanto por peso quanto por viabilidade técnica, já que a estrutura flexível exige materiais mais fáceis de moldar.
A parte traseira, por sua vez, deve manter o módulo de câmeras em formato vertical, com duas lentes. Rumores indicam que a Apple está considerando uma câmera principal de 48 MP e uma ultra-angular, seguindo o padrão atual dos modelos de entrada da linha iPhone 15 e 16.
Especificações técnicas e desempenho
Os relatos sobre as telas são consistentes: o iPhone Fold deve ter uma tela externa de aproximadamente 5,5 polegadas e uma interna entre 7,5 e 7,8 polegadas, além de que o painel maior se aproximaria da experiência de um iPad mini ao ser desdobrado.
A Samsung Display deve ser a principal fornecedora das telas, assumindo o projeto depois de anos de testes com a LG, e em 2025 teria iniciado uma linha de produção dedicada ao Fold, que deve usar painéis in-cell (camada de toque é integrada dentro da própria tela) porque a Apple descartou a tecnologia on-cell (camada que reconhece o toque fica por cima da tela) por deixar rugas mais visíveis.
A tela interna deve ter resolução de 2.713 × 1.920 pixels e ainda traria uma câmera escondida embaixo do display; já a tela externa deve ter 2.088 × 1.422 pixels e uma câmera em um pequeno furo. Analistas afirmam que a Apple tenta diminuir o vinco ao máximo, testando até combinações de vidro com plástico para deixar a dobra menos visível.
O processador deve ser o A20 Pro, e esse salto deve melhorar o gasto de energia e diminuir a temperatura do aparelho, algo importante em dobráveis por terem mais camadas internas e partes móveis.
Na conexão, a Apple deve usar o modem C2, uma versão mais nova do C1 que aparece no iPad Pro com chip M5, e a ideia é que esse modem chegue perto do desempenho dos modelos da Qualcomm, o que ajudaria a empresa a depender menos de fornecedores externos.
Enquanto isso, a bateria pode usar a tecnologia 3D Stacked (forma de empilhar camadas internas para guardar mais energia no mesmo espaço) e ficar em torno de 5.000 mAh, embora isso ainda não seja certeza. Além disso, a Apple estaria tentando melhorar o sistema que controla as telas para reduzir o consumo e permitir baterias menores sem perder autonomia, enquanto o Touch ID deve voltar no botão lateral no lugar do Face ID.



