O secretário admitiu que as notas referentes às compras de medicamentos foram atestadas por algum funcionário da unidade. Ele informou que ainda não é possível quantificar o prejuízo que os cofres da prefeitura tiveram, pois o setor de compra de medicamentos era desorganizado e havia muitas notas razoáveis. Mas, ao que tudo indica a fraude é bem antiga e já rendeu muito dinheiro aos envolvidos.
A falta de medicamentos nas policlínicas de Cuiabá e nos postos de Saúde da Família foi o que motivou a secretaria abrir uma sindicância. De acordo com Fares, entre os medicamentos que são pagos e não entregues ao HPSMC, alguns são muito caros e não podem ser adquiridos pela população de baixa renda, o que tem provocado muitas reclamações de quem vai às unidades de saúde em busca de remédios e volta de mãos vazias.
Fares ainda ressaltou que cabe ele como gestor identificar o problema e encaminhar aos competentes que vão julgar o caso. Segundo ele, se for comprovado o funcionamento de um esquema de aquisição de medicamentos, não será segredo de justiça. Ele garante que todos os envolvidos no esquema serão punidos. Conforme o levantamento preliminar há suspeita que de quatro a cinco servidores comandam os desvios de medicamentos.
“Hoje tem uma pessoa com intensa responsabilidade que está atestando os medicamentos e entregando para as unidades de saúde de Cuiabá. Pessoas de confiança estão reestruturando o setor de compra de medicamentos”, explicou.
A comissão técnica formada especialmente para apurar os fatos é integrada por pessoas da mais alta confiança da Prefeitura de Cuiabá, e tem 60 dias de prazo para concluir o trabalho, conforme revelou o secretário Fares.
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