Inveja dói, ela é um dos 7 pecados capitais. Esta semana assistindo a uma palestra do historiador Leandro Karnal, me sinto à vontade para falar sobre ela. Todos sentimos, faz parte da natureza humana, mas como diz a Bíblia, “Tú deves dominá-la”. Leandro traz considerações preciosas: ‘A maioria das pessoas se considera invejada, mas não é invejosa. Inveja, como diz a palavra, é a incapacidade de enxergar uma falha minha e se concentrar no outro, é a origem da falta, da máxima Socrática, conhece-te a ti mesmo, como eu não me conheço, e pior, aquilo que conheço eu não gosto, é melhor eu dizer que o meu fracasso se deveu à inveja, porque reconhecer seu próprio fracasso é uma das coisas mais difíceis do mundo. Ela é dolorosa porque se refere sempre ao reconhecimento de uma homenagem indireta a quem eu invejo, o corpo, a renda, etc., é dizer esse corpo, essa renda são acima das minhas. A inveja é sempre amargurada porque nasce do reconhecimento da minha própria fraqueza, ser feliz com a felicidade alheia é um grande desafio, no nosso mundo em geral é restrito a algumas mães heroicas. Perdoo o sucesso de alguém distante, jamais de alguém próximo, quanto mais próximo pior porque estabelece o dado da comparação. Não importa quanto eu ganho, importa que eu ganhe mais que as pessoas ao meu redor.’ Onde está o presente, então? O autor aponta que ‘a inveja pode ser a porta de entrada para um corajoso mergulho em nós mesmos, para conhecermos quem somos e o que buscamos.’ Mais uma vez reconheço que preciso do outro para crescer, evoluir. Somos diferentes, mas temos necessidades parecidas, reconhecer é o primeiro passo em direção à aceitação e mudança. Namastê.
